CECÍLIA, MENINA-FLOR DESDE O INTERIOR,
Autor: Poeta João Maria Ludugero
Menina do interior,
O cheiro da brisa,
Lume do alvorescer,
Sobre o jasmim-manga,
Pétalas de rosa branca ou rosadas em afoita cantiga
A se espairecer dentre as onze-horas multicoloridas...
Flor alaranjada do mulungu da tarde amena varzeana,
Menina-flor iridescente que me nina o astuto colibri,
Num átimo lusco-fuscante ao arrebol do agreste,
Prendada menina da Várzea ensolarada,
Traz beleza à vida em fartos bons ares
A andar, a correr dentro e a voar alto,
Sem qualquer medo da cuca esbaforida,
Menina de agora a adornar o chão-de-dentro
Das raízes da seara de dona Carminha,
Nobre senhora de tantas luzes benquistas
Advindas à Várzea de Ângelo Bezerra...
Bela menina do interior, dia-após-dia,
A vida te faz assim, princesa da ternura,
Registro de bem-estar, ávida varzeana,
Nas tábuas do presente, bonita Cecília,
A beleza natural existe e a descreve plena
Com afinco, amor e todo o carinho, que seja
Dando mimos ao seu gato de estimação ou
Compartilhando acordes de sonhos reais,
Com habite-se ao aconchego da poesia.
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