BEM-TE-VEJO A ALMA,
por João Maria Ludugero
Bem-te-vejo pelo interior, a andar, a correr dentro e a voar alto
com a minha alma... Hoje o meu peito enche-se de saudade,
o meu poema grita à vontade e eu marejo os olhos d'água,
a transbordar minha face de menino João maduro Ludugero levado da breca, eu procuro por ti no meu abraçaço - neste espaço que é todo teu.
Bem-te-vejo a assanhar até os pelos da venta, ó passarinho cantigueiro,
o meu corpo que só a ti entrego, sempre que somos um, sem encosto,
sempre que rasgamos o medo da cuca esbaforida, exorcizamos os bichos
e ganhamos o mundo ao nos arredar o desassossego e sermos contentes.
Por favor, meu bem-te-vizinho... fortaleça de vez as minhas asas,
elevando-me à plena paz e ao acalento que chega além do rio Joca,
a completar meu coração partido ao se inteirar na praça do Encontro
no mais profundo e verdadeiro contemplar do teu infinito viver astuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário