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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

VÁRZEA DENTRO DA TARDE AMENA QUE ME NINA O CORAÇÃO E MAREJA EM MEUS OLHOS D'ÁGUA CHEIOS DE SAUDADES, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
VÁRZEA DENTRO DA TARDE AMENA 
QUE ME NINA O CORAÇÃO 
E MAREJA EM MEUS OLHOS D'ÁGUA 
CHEIOS DE SAUDADES,
por João Maria Ludugero

No cair da tarde amena,
lá estava Ludugero, o menino arteiro e medonho,
admirando o belo e radiante arrebol espairecido
entre o jasmim-manga e o mulungu em flores alaranjadas...
E o tempo passava ao lusco-fusco sob o açude do Calango,
tão longe quanto a paisagem a andar, a correr dentro
e voar alto feito um astuto bem-te-vizinho em solene cantiga,
além do meu pensamento que, varzeamando-se, elevava-se
assanhando-me até mesmo os pelos da venta, sem medo da cuca,
apesar de marejar meus olhos d'água por causa da saudade
que latejava, amiúde, a rebater em meu coração nunca esbaforido,
ao recordar das pessoas queridas que um dia habitaram a Várzea
da inesquecível madrinha Joaninha Mulato!

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