LUDUGERÁVEL AQUARELA,
por João Maria Ludugero.
Então decidi, dia-após-dia,
Desaprender para aprender de novo.
Sem nenhum medo da cuca esbaforida,
Arranjei um modo de lixar e raspar os gris das diversas tintas
Com que me repintaram, apontei a coleção de lápis-de-cor,
Acrescentei garatujas e outros desenhos,
Dentre lusco-ofuscantes arrebóis laranjas e verde-limão
À minha mais que possante aquarela da vida alvorecida.
Desencaixotei amar-elos de ávidas emoções advindas,
Recuperei sentidos, esbugalhei tristezas ao verde-musgo,
Justo eu que sou mesmo de assanhar os pelos da venta!
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