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domingo, 18 de janeiro de 2015

PLENO VARZEAMAR, por João Maria Ludugero

 
PLENO VARZEAMAR,
por João Maria Ludugero

Cantigas em doces letras, olhar sincero,
Sorriso singelo, bonito e mais que belo,
Construiu minha seara de vivas acácias.
Qual será o segredo sagrado, amiúde,
Deste grande relicário potiguar?

Que tens menino Ludugero ao Varzemar?
Trazendo corações acesos em palpitar.
Não paro de consentido pensar na vida,
Será que estou eu mesmo a varzeamar?
Parece até me provocar esfuziante lida,
Sem medo da cuca, mas sem ser cabotino,
Sou mesmo de assanhar até os pelos da venta!
Me deixando perdido em acordes de sonhos.
Às horas já não passam mais,
Eu posso te amar demais, Várzea!
Que farei eu com tais sentidos?
Se são esperanças renovadas e reais.
Não te esquecerei jamais, fico de sentinela,
Feito eterno menino João maduro levado da breca,
Pois longo é o caminho à espera de minha volta a ti,
Fico eu em grande revolta, ainda sem nenhuma berma de roteiro,
Fazendo algaravias, furdúncio em reviravoltas fora do querido ninho,
Sem enfado, à espera de ser seu astuto e possante bem-te-vizinho!

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