SINFONIA DA VÁRZEA-RN,
Por João Maria Ludugero
Eram antigas solidões sem mágoa.
A vargem, o descampado do Vapor,
No princípio era o agreste ao desvão:
O céu azul da seara distrital de Goianinha
E os verdes juazeiros repletos de anuns e patativas.
Eram antigas solidões alaranjadas aos mulungus,
Berço de mansos riachos inocentes e esperançosos
Por entre as vertentes macambiras recortadas ao léu.
Não havia quase ninguém. A solidão era varzeamente arisca,
E mais parecia um recanto a nascer entre os lajedos e Seixos,
Sem esquecer de lembrar da cantiga do astuto bem-te-vizinho
Dizendo coisas sobre o torrão potiguar de Ângelo Bezerra.
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