Seguidores

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A CHUVA CAI...



A chuva cai na Várzea... 

O poema molhado 
no chão ainda respira. 
Uma leva grudada ao solo vai ao Vapor 
e outra almeja o riachão que a escorre 
A chuva traz mais vida 
ao riacho do mel 
enquanto semeio 
palavras de amor 
E o amor versado do outro lado 
do rio Joca faz o agreste verde aparecer. 
A chuva cai na Várzea das Acácias 
e o poeta de braços abertos 
a exalta, encantado, 
molha a face, comemora 
a esperança que ora se renova 
além das quatro bocas 
que bebem do seu poema 
sendo levado com elas como aquarela. 
Cheia de céu, a chuva cai 
e o sol pronuncia 
seus raios amarelos, 
seus elos aquecidos, 
sob a terra nua a se vestir 
num porvir de flores. 
Meu poema segue, 
encharcado, mas legível 
e então posso lapidá-lo 
varzeanamente 
como uma preciosa joia. 

2 comentários:

  1. Simplesmente lindo! Um poema necessitando de cuidados! Lindo.
    Um grande bj

    ResponderExcluir
  2. Uma chuva fértil que nutre a sensibilidade do amor. Lindo!
    [ ] Célia.

    ResponderExcluir