Gosto demais de pedalar,
ganho a estrada longe
até chegar no horizonte azul
contente da vida que me guia.
Eu voo na minha bicicleta por aí,
com toda garra e força, montado
no ânimo disparo mundo afora.
Quando monto nela, corro alto,
chego mais perto das estrelas,
esqueço até que ela tem dois pedais
simplesmente me esqueço disso
e só me encontro quando percebo
que criei asas pelo céu aberto.
Daí me sustento pelo vão que me leva
sem lamentar as dores e os ais
que trago assim nos dois calcanhares.
Parece até que chego a ter mais !
Da Várzea onde ando passo a espiar
com mais demora os canteiros riachão a dentro,
sou um sonhador acordado, sem paradeiros,
viajo o mundo inteiro a pedalar, a me seguir
levando-me a sério, satisfeito eu brinco
por cima das árvores, eu saio do chão
voo correndo pelo interior, com todo vigor,
na minha bicicleta pedalando em pé, por todos os lados,
abro um clarão na mata, me descubro ainda mais disposto
ao destrancar as cancelas do peito, na marra, às escâncaras,
e quando dou por conta de mim, estou assim reverdecido
a contemplar as esperanças novas
que me completam a todo Vapor!
Un bel hommage également à notre tour de France !...
ResponderExcluirVos mots sont très beaux...
J'aime aussi la photo avec les vélos qui fleurissent sur les arbres...
Gros bisous.