Que saudade da vida em Várzea
De brincar na velha praça do encontro
Sonhos de menino levado da breca
Tomar banho no açude do Calango
Pescar no rio Joca, sentir o cheiro do mato
Ir na casa de farinha comer beiju, grude e angu,
Saborear uma boa tapioca no Vapor,
Tomar leite no curral do seu Tida,
Fazer uma fritada de piabas na caçarola,
Assar queijo-de-coalho na brasa do fogão à lenha,
Sem esquecer da carne de porco,
Do picado e do crocante torresmo fresquinho
À moda de dona Rosa de seu Antonio Ventinha.
Tanta coisa que faz a gente salivar e sonhar...
Ah! Tempos que não voltam mais!
Tempo de doce de leite, puxa-puxas, raivas,
Carrapichos, cocadas e peitos de moça
E daquela manteiga de garrafa
Feita de natas apuradas na tigela
E do bolo com caldo-de-cana lá no bar do Biga,
E a molecada, em torno do antigo mercadinho,
Fazendo escarcéu...
Ah! Que saudade da Várzea
De minha infância!
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