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sábado, 21 de julho de 2012

MEMÓRIAS DO INTERIOR DA VELHA INFÂNCIA

Que saudade da vida em Várzea
De brincar na velha praça do encontro
Sonhos de menino levado da breca
Tomar banho no açude do Calango
Pescar no rio Joca, sentir o cheiro do mato
Ir na casa de farinha comer beiju, grude e angu, 
Saborear uma boa tapioca no Vapor,
Tomar leite no curral do seu Tida,
Fazer uma fritada de piabas na caçarola,
Assar queijo-de-coalho na brasa do fogão à lenha,
Sem esquecer da carne de porco, 
Do picado e do crocante torresmo fresquinho
À moda de dona Rosa de seu Antonio Ventinha.
Tanta coisa que faz a gente salivar e sonhar...
Ah! Tempos que não voltam mais!
Tempo de doce de leite, puxa-puxas, raivas, 
Carrapichos, cocadas e peitos de moça
E daquela manteiga de garrafa 
Feita de natas apuradas na tigela
E do bolo com caldo-de-cana lá no bar do Biga, 
E a molecada, em torno do antigo mercadinho,
Fazendo escarcéu...
Ah! Que saudade da Várzea 
De minha infância!

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