Olá, meu querido velho!
Como vai minha velha!
Assim os chamo com todo carinho
Ao vir aqui buscar inspiração
Para escrevinhar este poema.
E inspiro-me, não apenas
Em rugas e marcas,
Não apenas em faces encarquilhadas,
Não apenas em faces encarquilhadas,
Não apenas em respeito
Aos teus cabelos grisalhos,
Mas na vontade de bem-quereres
Continuar a viver a vida!
Continuar a viver a vida!
Cadê aquela ávida chama que inspirava emoção,
Que vertia da tua alegria de viver em plenitude?
Que vertia da tua alegria de viver em plenitude?
Apesar dos pesares, da tua mão impaciente e cansada,
Apesar das agruras da lida, dos anos idos,
Quem foi que disse que não se pode inspirar
Quem foi que disse que não se pode inspirar
Nessa vontade de ainda viveres, cada vez
Mais querendo nos fazer aprender convosco,
Mais querendo nos fazer aprender convosco,
Que muito ainda têm para nos ensinar,
Assim trocando experiências.
Não esquecendo de que um dia
Também chegaremos lá.
E que lá no final das contas, de certo,
Vamos querer sim poder usufruir
Dos dividendos de uma vida digna
Tal qual aquele beija-flor
Que poliniza a sua experiência de vida
Em cada um de nós.
Então, deixemos esse colibri continuar
Em cada um de nós.
Então, deixemos esse colibri continuar
Este bonito trabalho, valorizando mais
Nossos beija-flores e com isto,
Certamente, tendo uma vida mais saudável
E repleta de recordações.
Para que num futuro próximo possamos
E repleta de recordações.
Para que num futuro próximo possamos
Chegar a ser um beija-flor amado por todos,
Um pássaro ainda cheio de garra e, por que não dizer,
Traços de juventude dentro do peito a sonhar,
Porque os sonhos não envelhecem,
Apenas murcham como uma flor
Esquecida num canto do jardim.
O idoso precisa ser respeitado,
O idoso precisa ser respeitado,
Preservemos, pois os nossos beija-flores,
Cuidando do nosso jardim com mais esmero.
Quem sabe assim não nos sobre apenas o consolo
De virmos parar num desses
Abandonados abrigos de velhos!
Quem sabe assim não nos sobre apenas o consolo
De virmos parar num desses
Abandonados abrigos de velhos!
La belleza de la foto, con esas manos ancianas tomando con delicadeza esa bella flor, rivaliza con la del poema.
ResponderExcluirMe ha encantado.
Besos
Belo poema.....Ler...reler...e meditar...
ResponderExcluirAbraço
Muita sensibilidade mesmo. Os "velhos" merecem nosso respeito, nosso amor. Gostei em especial quando citas o abrigos de velhos.
ResponderExcluirAbraços
I spell in front of the stories of the people most elderly , I always find great teachings, poetry beautiful !!!!!!!
ResponderExcluirJoão, cada dia que passa mais fico surpresa com a capacidade que tens de escrever coisas tão sensatas! Eu já li e reli teu texto. Achei o máximo. Fiquei a refletir e saí correndo para ver meus velhos pais. Bateu uma saudade tremenda e corri para vê-los. Estou muito feliz de ter encontrado seu blog. Passei a ser mais feliz, acredite. Adoro sua poesia. Parece que não fico mais sem te ler, já acordo e abro o teu blog, para reverdecer. TE ADORO! Boa semana, com saúde e muita paz.
ResponderExcluirNélida Munhoz Barros
É ter muita sensibilidade! ó poeta tu mereces o topo, as honras e os louros de quem se consagra como um grande ser humano. Teu trabalho, tua escrita é da melhor qualidade. Sabes dosar as palavras e ganhar o coração da gente. Eu estou muito fascinada com teus textos. Esse dos "velhos" me deixou muito a pensar, sensível, a lembrar que poderia ter cuidado mais de perto dos meus inesquecíveis pais... Agora choro, de saudades! Meus filhos estão a ler seus poemas. Adoraram este dos "sonhos que não envelhecem...". Desculpe-me, mas estou a chorar. Fiquei muito emocionada com suas palavras benditas. Continues assim com este coração sem parâmatros! És grande! òtima semana!
ResponderExcluirAbraço carinhoso,
Mariana Abrantes Natal.
Juiz de Fora/MG.
Saber envelhecer, com dignidade e respeito por quem nos rodeia e por nós próprios. Se levarmos uma vida digna recordaremos o que de bom fizemos e deixámos. O sonho, deverá permanecer até ao fim.
ResponderExcluirAdorei seu poema.
Um grande abraço poeta.
oa.s
Muito bom, gostei muito disso, realmente precisamos dar mais valor aos idosos e principalmente passar isso aos jovens de hoje.
ResponderExcluirUma ótima semana meu amigo.
Abraços.
Bom dia...amei tua descrição da vida e sobrevida das pessoas idosas, tal qual, seremos um dia...nossa, nao consigo me ver sozinha e abandonada, mas quero ter momenetos de tranquilidade, sozinha, sem ser abandonada...Adorei teu carinho com os idosos, que DEUS abençoe a todos, idosos, adultos, crianças...Todos nós! Bjin
ResponderExcluirPoeta Ludugero, cada dia teu número de seguidores aumenta assustadoramente! Está explicado o motivo: Tua escrita cheia de categoria, que encanta a todos. És formidável com teus textos bem bolados de pura POESIA. Nem precisas de rima para dizeres com simplicidade teus sentimentos. Teu coração é mesmo gigante, dá pra ver daqui. E sabes fazê-lo, com, cores, cheiros e ruídos. Sabes bulir com a alma da gente. Amei seu poema as idosos. Sensacional! É pra ser lido por crianças, adolescentes, adultos de todas as idades... É a verdade dita em poucas palavras, mas autênticas, com toda sensibilidade que só um poeta da tua estirpe poderia fazê-lo. És muito bom com tuas letras. Vim aqui te dizer isso. Abraço muito carinhoso,
ResponderExcluirMirtes Lucena M. Nóbrega
Psicopedagoga - Brasília-DF.
Ah, poeta, como és uma grande criatura. Um ser abençoado. Estou lendo e relendo seu poema. Achei lindo, com imagens que me fizeram repensar a minha vida. Eu amo meus velhos e vou cuidar deles com mais carinho. Chorei ao ler seu texto, pois não tenho sido muito paciente com meus pais. Tenho que aprender a usar mais da minha tolerância, ser mais paciente e ouvi-los com mais dedicação. Estou emotiva, agora me pego a chorar... Desculpa-me pela intimidade, mas posso te dizer isso: Eu serei sempre sua fã. Virei aqui sempre, podes crer. Abraço.
ResponderExcluirCláudia Antunes Alencastro
São Paulo - SP.
FANTÁSTICO!!!
ResponderExcluirADOREI. MUITO BOM.
PATY CABRINNI
Moço!!!
ResponderExcluirAdorei seu blog!! É maravilhoso respirar poesia desta forma!!
Já estou te seguindo também! Estou ávida para ler mais poesias e, quem sabe, escrevê-las? rsss
Por enquanto só em prosa, mas quem sabe não mudo a forma e coloco minha poética em versos? Me inspirei!
Forte Abraço
Oi meu anjo, lindo e triste...
ResponderExcluirtoma: http://diariodakiro.blogspot.com/2011/06/selinho-ao-roseira-ferida.html
Ofereço com muito carinho!!! ^_^•
Une publication remplie de délicatesse... Bisous.
ResponderExcluirMais um texto teu que nos bate fundo...
ResponderExcluirNão sei se a realidade é assim...Até sei:)
Muito sensível seu poema. Esse tema é bem delicado e você o tratou divinamente.
ResponderExcluirBeijokas
Não me ensinas a "versejar" e eu não te largo:)
ResponderExcluirGostei muito!
Abraço Amigo
Boa noite, João!
ResponderExcluirPelos olhos cansados pela idade vertem lições de vida e sabedoria que poucos conseguem ter paciência de ouvir. Parabéns pelos lindos versos!
Um beijo de luz no seu coração!
"Onde há fé, há amor, onde há amor, há paz, onde há Deus, nada falta." (Marden)
A paz esteja contigo
Yehi Or - Liene
Que alegria é conviver com os idosos e com essa experiência de vida. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirPrometo passar com calma pra comentar, querido!
ResponderExcluirEstou te seguindo :)
Beijos
Nathacha Phatcholly
Olá Poeta...
ResponderExcluirE cá estou, agradeço pelo encanto das tuas palavras que me embalam, como um Grande e Talentoso Poeta que sabes encantar e fazer sonhar quem lê... Estou a passear por teu jardim encantado.. me retratas as boas fases de minha vida, e isso é raro acontecer heinn!!
Feliz relação entre Beija-Flor e Idosos,pois ambos são de uma ternura e sensibilidade fragilizada inigualável, Parabéns...
E amei a colocação que fizeste com o sol...lindo! Grata pelo carinho.
Inté de vez em sempre..rs
Bjkas :)
Os nossos velhos, os nossos grandes mestres, assim os saibamos ouvir.
ResponderExcluirE deviam ser amados,
e deviam ser respeitados.
Sê-lo-ão?
Abraço.
Simplesmente lindo João, como tudo que tenho lido aqui. Eu volto, com certeza. Um bj carinhoso.
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