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quarta-feira, 15 de junho de 2011

BARRO PARA SANTEIROS

Um sopro de Deus,
E, por encanto, 
Do barro fez-se o homem 
E o homem feito ânimo
Criou vários credos
Várias casas
Várias mesas
Vários altares-mores
Um andar 
Uma andança.
Cuidado:
O santo é de barro!
Um andor
Uma imagem de santo
Uma procissão
Pra se chegar a Deus. 
Em cada canto tem um santo 
Em cada santo tem um homem 
Em cada homem quantas cabeças
Em cada homem tem um santo 
Em cada canto tem uma reza
Em cada reza um juízo em ritual
Cada cabeça, cada sentença
Em cada reza um bálsamo
Em casa bálsamo uma flor
Em cada flor uma promessa
Em cada vela um ardor
Em cada mesa a fome é acesa:
Ou falta  
Ou farta pão.
Enquanto isso...
Assim é assado
O pão nosso de cada dia.
Canto homem santo pão
Mesa posta num universo diverso. 
Indago-vos como e até quando consumir 
O pão que o diabo amassou e não comeu?
Postado por às

24 comentários:

  1. MA FERREIRA15 de junho de 2011 às 21:12

    Amigo..belo poema que nos faz refletir..
    Até quando?
    Até quando a gente criar coragem e seguir outro caminho..experimentar o novo..e se permitir ser feliz..
    só pr hj

    Bj

    Ma

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  2. Poma16 de junho de 2011 às 00:09

    Me ha gustado mucho ¡¡

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  3. M.16 de junho de 2011 às 01:39

    :)

    O diabo está connosco:) O pão também:)

    Boa temática. Para além da forma:)

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  4. Rubens da Cunha16 de junho de 2011 às 04:28

    obrigado pela visita ao Casa de Paragens e pelo convite para vir aqui. Gostei da tua poética

    abraços

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  5. arpamar16 de junho de 2011 às 05:53

    Ludugero Olá!
    Seus poemas são maravilhosos! Eu também tenho o prazer de seguir o seu blog.
    Eu tenho um problema com o Português, porque eu sou italiano.
    Traduzo seus poemas na minha língua. Estou feliz que você siga as coisas ao público.
    Até logo.
    Alex

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  6. Anônimo16 de junho de 2011 às 08:52

    Poema de uma realidade actual.
    Muita sabedoria e filosofia.Excelente. Se já o admirava, mais o admiro ainda como poeta.
    «Cada cabeça, cada sentença
    Em cada reza um bálsamo
    Em casa bálsamo uma flor
    Em cada flor uma promessa
    Em cada vela um ardor
    Em cada mesa a fome é acesa:
    Ou falta
    Ou farta pão ....
    Canto homem santo pão
    Mesa posta num universo diverso.»
    Assim é a humanidade. Culpa de quem? Talvez de todos nós.
    Um aplauso.
    Saudações poéticas
    Tecas.
    Desculpe, tentei comentar com o nome do meu blog e não consegui. Só entra em anônimo.
    http://coracaoentrepalavras.blogspot.com

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  7. Elimacuxi16 de junho de 2011 às 10:14

    temática ótima
    a forma, excelente, o poema parece uma seta para o alto, o que completa o sentido da busca por um deus.
    de todo modo, tiraria o verso "em cada juízo uma massa cinzenta". Creio que ele não colabora nem para o ritmo nem para a imagem de que o poema trata.
    Um abração poeta!

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  8. Anônimo16 de junho de 2011 às 10:38

    Boa tarde João..
    acredito que não percebeu..mas eu já lhe sigo também e inclusive já deixei várias vezes comentários aqui no seu cantinho.

    Um beijo em seu coração..
    Verinha

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  9. Blog Livre Lendo16 de junho de 2011 às 13:43

    Jah está sendo seguido e aproposito, adorei seu blog! Parabéns! =D

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  10. Luis Nunes Alberto16 de junho de 2011 às 14:11

    Tanto na forma como no estilo, Ludgero no seu melhor.
    Parabens, um abraço

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  11. Severa Cabral(escritora)16 de junho de 2011 às 15:10

    Menino apressadinho!!!
    Com toda tua pressa conseguistes em tão pouco tempo conquistar 532...rsrsrsrs,vc é demais...carismatico com toda sua força hém...parabens...que vc merece.Escreves divinamente...nos encanta e nos compra com tua criatividade...tú sabes que te acompanho sempre.
    Barros para santeiros!!!
    Só vc querido para formar tudo isso em barro...será que quebra?
    Bjs para aquecer teu blog...
    Será que ainda lembra-se de mim?

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  12. Eliana16 de junho de 2011 às 19:16

    Maravilhoso poema João. Fica com Deus, tenha uma ótima noite!!! Beijos

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  13. Artes e escritas16 de junho de 2011 às 19:29

    Um poema muito bem escrito, inspirado na oração: Esse quarto tem 4 cantos, em cada canto tem um santo...quem me governa é o Divino Espírito Santo. Amém. Um abraço, Yayá.

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  14. Hélio Borba17 de junho de 2011 às 04:48

    Enquanto isso... Já estão a decidir o santo da vez e vice-versa. E quem vai poder sentar na mesa dos SETE ou entrar no Grupo dos donos do mundo. Qual será a próxima cabeça a ser decapitada! Quem vai deferir o golpe fatal, quem vai inaugurar a próxima bula.... Quem será a próxima cobaia desses remédios insanos que insistimos em tomar, ou somos forçados a descê-los garganta a dentro. Até quando? Belo texto, muito reflexivo. Um dos melhores que ultimamente li, pois retrata com uma baita filosofia a profusão ideológica sócio-espiritual de um povo à mercê do poderia da massa humana. APLAUSOS!!!
    Hélio Santarém Borba
    Escritor/Professor de Filosofia

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  15. HELENA BARONI17 de junho de 2011 às 04:54

    Seu poema é mesmo digno de aplausos.
    Cara, você mandou bem ao escrevê-lo, pois retrata em letras propícias o quanto o poder situacional pode acabrestar suas ovelhas! Enquanto isso... Estamos a comer o pão que o diabo amassa e ele mesmo não quer comer.... Muito bom! Abraço.
    Helena Fortunato Baroni
    Até mais! Virei tua fã.

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  16. OZIEN17 de junho de 2011 às 04:57

    FANTASTIC! FANTASTIC!!!!!
    OZIEN LAMMY ARMSTRONG

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  17. JOSAFÁ MARINHO17 de junho de 2011 às 05:03

    SENTI-ME O PRÓPRIO BARRO NAS MÃOS DOS SANTEIROS.
    PURA FILOSOFIA! INTERESSANTE SEU TEXTO, COMO BEM SABES ATÉ COM POESIA LIDAR COM ISSO.... PARABÉNS! MUITO BOM SEU TEXTO. O MÁXIMO! ADOREI.
    JOSAFÁ MARINHO ALBUQUERQUE

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  18. Só pra você17 de junho de 2011 às 05:41

    Dez essa poesia caro amigo, gostei muito.
    Saudades de você no meu canto, some não sóóóó!!!

    Bom final de semana.

    Beijocas

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  19. JURANDIR NOGUEIRA17 de junho de 2011 às 06:04

    Olá, poeta Ludugero,

    Não de minha parte e feitio, como crítico, não venho aqui com a intenção de falar mal ou bem do seu texto, simplesmente porque, para mim, sua literatura é feita de vida, com erros e muito mais acertos.
    Veja bem: literatura não é vida; é, por outra, feita de vida. E teus poemas, com humor e criatividade pretendem dizer, e dizem, não à realidade que aí está, descabida e abusiva, imposta às nossas fuças!
    Bom texto e contexto.
    Abraço.
    Jurandir Nogueira Paes
    Jornalista

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  20. Arianna17 de junho de 2011 às 10:10

    Me gusta tu blog, bom fim de semana! Arianna

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  21. Simone MartinS217 de junho de 2011 às 22:07

    Bom dia, vim te visitar e agradecer tua visita em meu blog., obrigada pelo comentario...to te lendo aos pouquinhos e digo que gostei, virei te visitar toda vez que algo voce postar, meus comentarios sao sempre empolgados entao, nao se assustes com meu jeito, sou assim mesma...abraços e digo: Gostei do que li ate o momento...parabens!

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  22. Eliana18 de junho de 2011 às 06:13

    Oi meu amigo João, passando só para te desejar um ótimo sábado!!! Beijos

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  23. Uanderson de Matos21 de junho de 2011 às 10:06

    OLÁ!
    eXCELENTE POESIA!
    VISTE MEU BLOG TB E OLHA SÓ: ESTOU SEGUINDO O SEU BLOG, SE QUISER, SIGA-ME TB E DEIXE SEU COMENTÁRIO!
    fALOW!
    www.poesiassoltasebemarranjadas.blogspot.com

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  24. Anônimo25 de junho de 2011 às 17:05

    olá, finalmente apareci rsrsrs
    parabens por seus escritos objetivos e bem atuais,permita-me postar em meu blog?
    valeu!!!
    abrçsss
    jcjuventudecatolica2010.blogspot.com

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