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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MEMÓRIAS DA NOSSA VÁRZEA: UM PUNHADO DE SAUDADE

















MEMÓRIAS DA NOSSA VÁRZEA:
UM PUNHADO DE SAUDADE
Autor: João Maria Ludugero

Quem viveu em Várzea, e partiu para longe, carrega a saudade dos cajueiros em flor, o sabor dos cajás, dos umbus e das mangas, sem nunca esquecer do sabor daquele verde feijão de corda, com farinha de mandioca e manteiga-de-garrafa, amassado com a mão; na memória a beleza singela dos festejos juninos, as ruas enfeitadas com bandeirinhas, as fogueiras de São João, as quadrilhas de Seu Bita e da solene procissão do Apóstolo São Pedro; lembra da Escola Dom Joaquim de Almeida, da rua do Cruzeiro, nostálgica na madrugada, dos bailes no Clube Recreativo Varzeano de Manoel de Ocino; recorda do cineminha de Zé Orlando em salas improvisadas, do Q-suco geladinho na venda de Seu Olival; dos salões de sinucas de Seu Lula Florêncio e de Seu Otávio Gomes (hoje Bar do Eduardo "Maninho"); sente ainda o cheiro do pão quentinho na esquina da padaria de Seu Plácido "Nenê" Tomaz; ouve os cânticos evangélicos, pela manhã e à tardinha, oriundos da rua nova, direto da amplificadora do Sargento Xavier; ouve o sino da igreja-matriz a badalar a hora do Angelus (Ave-Maria), e ainda ouve longe o acordeon de Cícero cego a sanfonar a saudade.


Enquanto isso,
Meu Eu-varzeano 
Segue cantando, no presente,
Com amor e devoção,
Fazendo versos simples,
Tramando o fio da minha poesia.
Bem sei que o Vapor
Do tempo partiu,
Levando alguém.
Varzeano que parte,
Parte chorando,
Quem fica, saudades tem…
Amigo, o que a gente não sabia:
- Quem parte, parte chorando sim,
Mas leva muita saudade também.
Ah, Várzea, a nossa rua,
A nossa casa, a nossa história.
Velhos tempos, belos dias!

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