Autor: João Maria Ludugero
Gostaria de tecer
De engendrar um poema
Com cheiro de mato verde,
Com cheiro de terra
Com cheiro de terra
Com a lucidez do varzeano menino
Que um dia aprendeu a nadar
Que um dia aprendeu a nadar
nas águas salobras do rio de Nozinho
E muito bebeu das águas do açude do Calango.
Se sei, ah, eu sei muito bem
o que isso significa:
É Amor, puro Amor de verdade,
É saudade, é riacho que não seca,
É riachão que atravessa
Meu coração sincero, sem tamanho.
Porque gigante é o meu peito,
Que arde e queima por dentro,
E fica sem sair, doido de vontade
De lá sempre estar, satisfeito,
A balançar na rede de algodão,
A sentir o cheiro da casa de farinha
Lá no alpendre do arisco dos Marreiros,
Lá bem do outro lado de lá do rio Joca.
A sentir o cheiro da casa de farinha
Lá no alpendre do arisco dos Marreiros,
Lá bem do outro lado de lá do rio Joca.
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