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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ESSÊNCIA KIROLESCA, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ESSÊNCIA KIROLESCA,
por João Maria Ludugero

Fiel às manhas da manhã antiga,
Trago à minha jovem amiga
Versos próprios do dia-após-dia.

E que de os ver assim tão singelos,
Tão simples como eu, não diria:
Qualquer um os fará mais belos às maçãs, mas
Ninguém tão d'alma, de sentinela, os completaria,
Sob o lapidar de um fortalecido pilão de massas.

Que o colibri de seus anos idos
Beije tarde aos desenganos do coração partido;
Que em torno os bafeje amor astuto,
Amor tecido da vivência espairecida,
Prolongando a doce vida a contento
Do fruto que suceda à iridescente flor.

Recebe esta essência, amiga Kiro,
Que eu, fiel ao uso entretido,
Quis trazer-te sem estripulia
Em poucos versos alvorecidos.
Qualquer um os faria mais belos,
Mas ninguém tão n'alma os adejaria,
Ao lusco-ofuscar da tarde amena que me nina,
Sem bem assanhar até os pelos da venta!


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