Tenho sede insaciável
de sentir o que as palavras
têm a me dizer. Já amanheço
com o gosto delas nos olhos,
consentidas ou não,
alvoreço de boca seca
e logo me alivio,
ao compartilhar dádivas advindas
da luz que entra e me desenha
sentidos em cores vivas
que não deixam secar
a força do coração e a nitidez da mente.
Escrevinho sempre com o ânimo
de quem está para reverdecer
e quem risca pensando,
caminho os olhos numa lida
que me dá a sorte de ganhar o mundo,
com as mãos sempre ávidas,
dispostas a compor
versos e reversos,
num universo sem rimas.
É por isso que só escrevo
e não me sinto só, leio-me,
invento casas, crio asas
e passo a correr dentro, de súbito,
até quando me ponho na cela
depois de tantas luas,
mas tão logo me liberto ao acordar
sob os primeiros raios de sol.
E escrevendo assim tao bem deve amanhecer poesia todo dia. É proibido cansar de proliferar beleza.
ResponderExcluirBeijos
J'espère que vous ne vous lasserez jamais d'écrire...
ResponderExcluirGros bisous.
Parece que somos dois!
ResponderExcluirTambém não me canso de escrever.
Gostei do seu canto.
Lunda noite,
Grande abraço.