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sexta-feira, 9 de março de 2012

CHUVA



O tempo fecha o céu
A nuvem é toda tromba
A água cai, cheia do azul,
Torrencial...
O pensar borboleteia na chuva
Um peso da gota
Não o torna leve, mas penso.
Me debato em saudade
A alma embaça a vidraça.
Fico assim, troncho ao léu,
A marejar meus olhos de menino
Depois de muitas luas,
Depois de muitos sóis.
Mas, como chorar,
Se homem não chora?
Ledo engano! Choro, sim.
É para lavar meu peito.
Mas não espero
Que a chuva mate minha sede.
Vou bebendo o horizonte
Em goles humildes,
A tempo de a lágrima serena
Não me secar ao raio repentino.

Um comentário:

  1. "Chuva, lagrimas quando caem
    molham meu rosto, encharcam
    a minha alma!"
    Adorei, voce consegue ver poesia
    em tudo e descreve com uma facilidade
    que encanta a quem te le...abraços

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