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domingo, 11 de março de 2012

JUÍZO

Ser outra vez palavra 
deste mundo que finda
ser outra vez cera a colar as asas
desses Ícaros por cumprir pena ainda
ser outra vez do pecado 
a permissão que não veto
ser outra vez deste céu 
solta nuvem no azul
ser outra vez deste chão céu aberto  
ser outra vez da bateia 
a pepita de ouro, o diamante 
ser outra vez afinal 
quem nunca soube 
se achar em terra nua
ser da manada a corda 
que arrebenta o estouro
ser mais que ser do/ente 
antes do ter juízo 

3 comentários:

  1. Bom dia!
    Ser ou não ser,
    deixa de ser questão
    para quem sabe se tornar
    solução...Abraços

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  2. Caro poeta Ludugero,
    Que belo é o teu jeito de poetizar!
    Que beleza que se extrai de teu SER:
    Entro-te na voz que deixas escorrer pelas mãos;
    é o traço, é a palavra, é o peito e todos os seus arrepios e ecos. Sobram sorrisos por te saber aqui e me saber junto a ti, a SER, a ter teus versos afinal. Que alegria é poder te ler e reler! Parabéns!
    Mariana Louzada Castro

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  3. Na re-criação talvez fossemos mais do que fomos, ser o que poderíamos ter sido, não ser o que nos transformamos ao longo da existência. E, findado o mundo, re-criar a ópera com novo libreto.

    Abraços,

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