Se caiu uma pena do meu poema, que pena!
Ela se foi com o vento longe
Foi brincar de surfar noutras alturas.
Uma palavra aliada ao verso,
Uma aventura sem rima em cena,
Uma estrofe ganhando horizontes.
Lá se foi minha dor, que pena!
Saiu de mim, descolou ao sol,
Mas deixou minhas asas mais leves,
Foi brincar noutro azul de gangorra
E no vai-e-vem do balanço do céu.
Lá se foi minha pena, ao léu!
Saiu de mansinho faceira.
Desapeguei-me sem dó, de súbito,
Pois sei que ela não vai mais voltar.
Resignado, continuo na lida, atento,
Ainda sou criança, quero tecer outros poemas.
Quero brincar, quero soletrar outras linhas
E, nas entrelinhas, mudar minha sina.
De sorte, ganharei outras penas,
outras cores, outros ânimos... búhhh!!!
Que venham outras penas, afinal
Outras nascem no lugar,
Sem desesperança.
"... se para escrever os versos / que a multidão admira / é mister quebrar as penas / de minha alma que suspira?" (Fagundes Varella).
ResponderExcluirAs penas que se vão deixam raízes para outras que virão. Bom poeta é que tem penas: na alma e na mão.
"...e que venham outras penas e que o poeta
ResponderExcluirmais calmo, consiga escrever com novas penas
e de coração mais leve, quem sabe como a pena
que agora ele usa em seus novos poemas!
Abraços...me empolguei, desculpe!
Poeta Ludugero,
ResponderExcluirAdoro teus poemas, mesmo os que tratam de penas.
Gosto de ler-te, trocar de ares, penas, pensares.
Oh, poeta, como disse acima a Simone, que use mais tuas pensa para a nossa leveza... Que maravilha é vir aqui pela primeira vez e confesso-me surpreendida com a tua poesia .
Tocou-me o coração de um jeito... E o meu coração, músculo ensanguentado, que ora chora amargurado, ora ri de espanto apaixonado.
O meu coração é desses que bate, sente, dói e mói, grita, canta, e ri...O teu poema fez-me sentir... sentir-te leve!
Obrigada!
Moema Brandão Porto,
Brasília-DF.
Querido Poeta João Ludugero,
ResponderExcluirA arte mais pura é aquela que salta diretamente do coração do artista para os sentidos de quem recebe...Pura... simples... bela...
Como os teus poemas. Bela pena, com tanta leveza e benditas palavras.
Beijinhos para ti.
Neiva Leme Nolato
BONITO O QUE ESCREVES.
ResponderExcluirBELAS TUAS PENAS...
DUAS ASAS AO SOL SÃO FOGO,
DUAS SÃO AS VOZES AO CORPO,
SOLIDIFICO A ALMA,
E VIVO COMO POETA À LUZ...
TUA POESIA É LUME, É PERFUME, É VOAR!!!
Abraços,
RAONI SERRA
O que posso dizer das penas???
ResponderExcluirJá disse o grande Fernando Pessoa:
"Tenho pena e não respondo
Fernando Pessoa
Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros - cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.
Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?".
Abraços,
Pedro Augusto Bento, Viçosa.
Teu fã de carteirinha. Adoro tua poesia!
Até mais!!!
Este poema, ai, este poema!
ResponderExcluirDeixou-me em penas, deixou-me ler só pra
valer a pena...
Daquele voar, me deixa pena a andorinha só.
Volta andorinha e deixa de nos deixar pena...
Amo sua poesia,poeta Ludu. És único!
Virgílio Claudio Normando Cunha, poeta.
Que lindo teu poetizar!
ResponderExcluirUm maravilhoso jogo de palavras a revelar a verdade do poeta, da pena e do poema. Aplausos!!!
Josélio Nunes Baptista.
ESSE SEU POEMA ME FAZ LÇEMBRAR DA PALAVRA LIBERDADE. E DEVEMOS SER SEMPRE PESSOAS COM O ESPÍRITO LIVRE. PARABÉNS.
ResponderExcluirDEPOIS PASSA LÁ:
http://thebigdogtales.blogspot.com/2012/03/reflexo.html