Como fugir de tuas patas
Assim unidas a rezar
Eu sei que corro perigo
Vulnerável assim disposto
Posso perder a cabeça
No tempo de te beijar.
Vais mastigar a esperança
Depois de no clima entrar,
Sou teu macho seduzido
Louco, lúcido, sem juízo,
No ponto de acasalar.
Valei-me Deus, eu imploro,
Com os olhos esbugalhados
- Se é pra morrer de amor,
Deixa-me ajoelhar, de súbito,
Estou pronto à devoção,
Com as mãos viradas aos céus
Para a crença ganhar força
Na hora de a Deus louvar.
Estais aí de sentinela,
Toda fagueira a se lamber;
E eu, a consentir o estrago,
Todo fogoso e afoito
Pra que me devores inteiro,
Nas garras do bel-prazer!
Belo poema. Tragicômico, mas verdadeiro.
ResponderExcluirAs fêmeas de LOUVA-A-DEUS não precisam de presentes para ceder a conquista. No entanto, após a cópula ela EXIGE UM PRESENTE BIZARRO: Com muita fome e necessidade de proteína para o desenvolvimento de seus ovos, as fêmeas não se importam com a viuvez, devoram a cabeça do macho sem dó nem piedade! Os machos literalmente perdem a cabeça após a cópula.
Sua poesia é cultura. Belo poetizar!
Abraços,
Raoni Serra.
Joyeux dimanche à vous... Bisous
ResponderExcluirNossa! Adorei o poema e
ResponderExcluira explicação do amigo Raoni Serra.
Então perder a cabeça o levaria a morte,
que loucura! Coitado, mas que femea má!
Adorei!