No terno colo da mãe Maria
A criança vai e vem
Vem e vai
Balança que não cansa
Aos olhos do pai Odilon
Aos olhos da mãe Maria,
Bem vai adiante,
A correr dentro,
Vai e vem
Dia-após-dia,
Avança
A nova esperança.
Ao sonhado porvir,
Sorri a mãe,
Sorri o pai.
Maravilhado
O rosto puro
Da criança
Se esbugalha,
Vai e vem
Vem e vai,
Balança
No vir a ser.
De seio a seio
A criança
Em seu vogar
Ao meio do presente
Do colo-berço
Balança.
Balança a remar,
Rio a desaguar
De contente
Feito o rimar
De um verso
De esperança.
Depois quando
Com o tempo
O Menino
Vem crescendo,
Aos magotes
Vai a esperança
Renovando.
E ao levantar-se de vez
Fica a exata medida
Da lida
Da vida
De um nordestino.
Eu sou menino
Levado da breca
Arteiro e medonho
Varzeano da gema
Da esperança
Na vida adiante
Faz certeza
Conseguida.
Só nessa vontade
Alcança de vez
A esperança reverdecida
A cada instante da humana realidade.
Olá JOÃO,
ResponderExcluirmuito oportuno este seu versejar de lembranças eu fiz o mesmo de forma não tanto competente lá no "Falando sério", mas sem dúvida tentamos, ambos lembrar do nossos melhores momentos.
Lindíssimo seu versejar sentido e tornado uma leitura excelente, para todos nós.
Um abração carioca.