Ao lusco-fusco, costurei a rima
De um poema ao teu sorriso
Só pra te mostrar como é belo
O despertar da saudade arisca
Que dá sentido às trilhas da lida
Não sei como tudo principiou,
Mas afirmo que um estrondo
De radiante e eufórica ternura
Esbugalhou as nossas estruturas…
Numa avalanche que catapultou
Uma soma duplicada de doçura
Que se alastrou em nosso interior.
Apareceste na minha vida
Como um sol do amar-elo
Raiando meu ávido destino
Colorindo os meus passarinhos
Ajustados ao cio da cantiga.
Apareci na tua corte solene
Como um rei-menino arteiro
Semeando recados de amor,
Pedindo ao Supremo Arquiteto
Um regador de estrelas cadentes
Para chorar no teu colo de arrimo
- Sou rio a desaguar com afinco
No manjar de um real firmamento.
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