Ainda não gritei todos os meus
uivos,
nem tranquei a última cancela
do pranto.
Ontem lavei a calçada da igreja
de São Pedro apóstolo
com esmero,
com água de cacimba do rio Joca.
Esculpo ruas de pedras,
becos,
vãos de velhos paralelepípedos
e amanhãs paridos dos grandes lajedos,
trago-os no peito além do eco
das quatro bocas,
auroras vestidas de esperança
nova.
Ainda não perdi o encanto e a prenda,
sou varzeano e não entrego
os pontos,
ainda não abri mão do meu último
sorriso,
mas bem sei que um dia o coração
me leva.
Belíssimo poema! Destaco: ..."ainda não abri mão do meu último sorriso, mas bem sei que um dia o coração me leva..."
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Tant que le sourire demeure...
ResponderExcluirDe jolis mots, gros bisous.