Quanto de vida ainda terei
só pra dar chama ao êxtase?
quanto de amor careço ter
para desatar meus nós?
Quanto há a ver e falar?
Em quantas ilhas me cercarei
disposto por todos os lados a espiar,
disposto por todos os lados a espiar,
a calar meus olhos contra a corrente?
Quanto do novo esperar?
Talvez não deva saber dos acordes
do meu coração recauchutado,
da força da canção que ora entoo
nem dos passos do baile que me enleva.
Apenas passo a vivê-los, tudo a seu tempo,
no ensaio do que me é dado a dançar.
E assim, rodopio, corro dentro do alto
em transe, dou o braço a torcer, consinto-me,
achando-me cada dia mais presente
uma vez que a poesia me concede o ânimo.
Há mãos estendidas, há braços,
há o toque, o cheiro, os lábios
à flor da pele e o grande sabor
da contradança.
E assim nada me prende
nada me encabresta a sina,
livre, leve e solto
disparo as pendências...
disparo as pendências...
e quando me dou conta, ó céus!
Cá estou a pendular,
com os pés fora do chão!
Une belle image pour illustrer vos mots...
ResponderExcluirgros bisous
É sempre um gosto estar aqui silenciosamente no seu
ResponderExcluirblogue. Voltarei sempre que possa.
Um abraço
Irene Alves