Deixe-me ser um palhaço assim
que me refaça ver a vida colorida e afim
de se atirar no picadeiro
aos meus pés de moleque
que me estremeça
com uma breve gargalhada
e tudo mais faça valer a pena
ou nada me toque mais a alma
que a mão divertida do meu eu-palhaço
e, de certo, nunca mais serei triste
ao me pegar a fitar com olhos de graça
diante do espelho em que pinto a cara
enfeitiçado pelas estripulias e saltos
além das encantadoras trapalhadas.
Careço de um mágico sorriso na face
que me afague com simples piadas
que me complete de prazeres ingênuos e doces
que me leve até às nuvens de algodão
e desembarace o fio da meada dos meus labirintos
que me nine a sonhar sob acordes de tintas
desengonçados do meu abraço apertado
que me faça dançar
mesmo sem saber dançar
que me tire pra dançar sem compassos
moldado à forma do meu passo livre
que me hipnotize com seus olhos esbugalhados,
que me arranque a máscara de ser triste
e me faça pintar as sete cores do arco-íris
e ir além dentro e alto
nessa alegria de compor poemas.
Parfois dans la vie nous sommes obligés de prendre un masque pour ne pas montrer notre tristesse...
ResponderExcluirgros bisous