VÁRZEA PARA SEMPRE!
Autor: João Maria Ludugero
Estradinhas de terra
E salabros riachos
Horizontes efêmeros
Renovadas esperanças.
Antepassados mortos
Pelo riachão do tempo.
Se os choro contigo
É aprendendo a me consolar
No arremesso da vida,
Quando os cascos das horas
Lapidam os seixos dos caminhos
Ariscos, tortos e estreitos
Que se encontram no desvão
Do Vapor de Zuquinha Ribeiro.
Ó tempo, tempo varzeano,
Contigo ajoelho e rezo orações
Que nunca esqueci de acreditar
De peito descoberto, ao vento
Com meu rosário feito
De pétalas e espinhos.
Minha cabeça é feita
De credos que fecham meu corpo
Aos quebrantos do dia-a-dia,
Sem ter medo das agruras e sombras
Que há muito o sol expulsou da minha casa
Através do brilho intenso
Do espesso olhar
Que clareia minha rua da pedra
E ofusca até pesadelos acordados,
Fazendo crer
Que é permitida a felicidade.
E neste espanto resignado
Ergo minha voz ávida de coragem
E grito com toda força e vontade:
- Então...
Eu hei-de amar-te para sempre,
Minha pequena Várzea!
Hoje eu estava assistindo um notíciário local na TV CABUJI e passou um especial sobre Várzea como a cidade cultural do RN! Parabéns por você ser fruto deste exemplo de cultura!!!
ResponderExcluir