“Se não levarmos a poesia e a beleza conosco, é inútil percorrermos o mundo. Em nenhum lugar as encontraremos.” (Emerson)
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O NINHO
Autor: João Maria Ludugero
Quem me dera, agora
Poder deitar à sombra
De um verde juazeiro
E apreciar o canto
Do galo de campina,
O cantar do sabiá
A quebrar o silêncio
Da tarde amena da minha Várzea,
Numa sinfonia dos deuses,
Num paraíso assim tão natural!
Quem me dera ali
Poder ficar e admirar os pássaros,
Observar com primor
Os canários-de-chão,
Ver de perto os inhambus.
Todos os dias poder contemplar
Os ninhos de anus-brancos e pretos...
Ninhos feitos de gravetos, artifícios
A acomodar ovos
No topo dos arbustos.
Seriam os ovos brancos
Pintados de azuis,
Ou seriam os ovos azuis
Pintados de branco?
Que diferença isso faz, de fato,
Se aqui temos o mais
Verdadeiro habitat da paz?
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