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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OÁSIS-ME, VÁRZEA!












OÁSIS-ME, VÁRZEA!
Autor: João Maria Ludugero

Acho até que o meu coração
Se enganchou nesse sofrer
Resultado da tua ausência,
Espelho quebrado no deserto 
Sob o sol das lembranças...

Vou atirar-te de vez na miragem,
Na aridez dos Seixos,
Matar minha sede no açude
Nas profundezas desse oásis,
Calango aceso no meu peito, afoito,
No intuito da sorte aflorar, vir à tona.

Vou me amarrar nos teus cabelos,
Prender-me solto, libertar-me
Na flor de tuas tranças,
Porque vivendo assim largado
Na lonjura dos teus cheiros,
Mais vegeto do que vivo,
Só sei mesmo padecer...

De tal sorte, ando e voo solene,
Sou pena de passarinho à-toa
Atirada ao vento da tarde amena
Entre as duas palmeiras
De São Pedro apóstolo!

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