TRILHAS DE UMA NATUREZA SUSTENTÁVEL
Autor: João Maria Ludugero
Andando pela beira do rio Joca, avistei um verde juazeiro, e percebi que estava repleto de anuns brancos e pretos em seus ninhos de gravetos, feitos ali mesmo na copa da árvore tão enverdecida que tinha a tonalidade da esperança que se renova pelo sítio do Vapor afora, porque permaneço assim deveras encantado que não vislumbro o fim das minhas lembranças de outrora. Chegando no rio de Nozinho, dei mão de uma cuia e bebi água numa cacimba, depois descansei na sombra de um ingazeiro.
Ainda na margem do rio, fiquei encostado em uma forquilha lembrando dos meus parentes que tantos roçados plantaram ali, de milharal, feijão, macaxeira e jerimuns. Depois de muito pensar, avistei dormindo em cima de um lajedo um camaleão a furtar-cores para se esconder. Decidi prosseguir minha caminhada, notei que não dava para ir pela estrada de Zé Canindé porque tinha um grande atoleiro impedindo de atravessar, resolvi seguir no sentido dos Seixos, para quando for à noitinha eu já esteja no Angico, pronto para retornar a minha Várzea, agradecendo à natureza por ter-me propiciado poder respirar bons ares, e voltar para casa com os pulmões satisfeitos, o olhar limpo e a alma lavada, pronto para dormir e descansar por mais um dia de boas aventuras.
E, amanhã, logo cedo, quero poder recomeçar minha viagem por outras trilhas da minha amada terra de Joaninha Mulato.
E, amanhã, logo cedo, quero poder recomeçar minha viagem por outras trilhas da minha amada terra de Joaninha Mulato.
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