VÁRZEA EM PRECE
Autor: João Maria Ludugero.
Eu quero fazer já uma oração,
Uma prece, uma súplica, uma canção,
Alguma coisa que me aproxime de Várzea
Qualquer coisa que nos acalente o espírito,
Qualquer coisa que não nos distancie mais,
Qualquer coisa que não seja essa saudade toda...
Quero apreciar minha cidade
Amanhecendo todo santo dia;
Quero anunciar que o sol já desponta,
Que a barra da manhã já se descortina,
Que o vento desalinha as frondes das duas palmeiras,
Que o bem-estar-bem não mais me precisa pedir licença,
Pois ele mora ali, por entre rios, riachos do mel e umbus,
A dar mais vivacidade aos caminhos, aos juncos e capim
Que margeiam desde a Vargem até a descida do verde
Que acompanha o sangradouro do açude do Calango.
Quero entoar essa canção de amor e de paz,
Numa cantiga que mantenha viva essa chama perene
Que entre um verso e outro haja poesia e encanto
Que nenhuma conversa fiada afaste de nós
Esse viver a vida com simplicidade, de fato.
Quero uma toada tão simples assim, e basta,
Que entre sem bater na minha vida a dentro,
Que me faça sorrir ou me debulhar em lágrimas,
De sorte a me trazer paz de sobra,
Sem caçoar de mim, sem mangar dos meus quereres,
Sem exigir nada mais que a união da minha gente.
Quero fazer uma prece calorosa,
Quero fazer uma prece acolhedora, hospitaleira,
Que diga pra você, minha Várzea, minha amada cidade,
Que ainda estou presente em tuas travessias, em tuas veias,
Que ainda mereço estar em tua natureza agreste, viçoso,
Que ainda careço desse Vapor vital descendo ao rio Joca,
Vertente da alegria que jorra em cada arisco interior,
Vertente da alegria que se instala em cada Itapacurá em festa.
Quero fazer uma prece decente,
Repleta dessa essência, a expandir
A exalar o mais puro perfume no ar
Que me preenche o vazio da alma,
Esperando que um dia desses
Tu possas florescer em outras cores,
Além de todo verde que existe em cada chão
Que tinge de novo a esperança velha,
Aquela que ronda o belo jardim
Que faz primavera todos os dias
No sagrado solo de São Pedro Apóstolo,
Que faz contente ser a vida do varzeano,
Que tem a chave para afugentar o que seja tristeza
Que dá a volta certa na fechadura
E sabe o segredo do cofre do coração da gente!
Autor: João Maria Ludugero.
Eu quero fazer já uma oração,
Uma prece, uma súplica, uma canção,
Alguma coisa que me aproxime de Várzea
Qualquer coisa que nos acalente o espírito,
Qualquer coisa que não nos distancie mais,
Qualquer coisa que não seja essa saudade toda...
Quero apreciar minha cidade
Amanhecendo todo santo dia;
Quero anunciar que o sol já desponta,
Que a barra da manhã já se descortina,
Que o vento desalinha as frondes das duas palmeiras,
Que o bem-estar-bem não mais me precisa pedir licença,
Pois ele mora ali, por entre rios, riachos do mel e umbus,
A dar mais vivacidade aos caminhos, aos juncos e capim
Que margeiam desde a Vargem até a descida do verde
Que acompanha o sangradouro do açude do Calango.
Quero entoar essa canção de amor e de paz,
Numa cantiga que mantenha viva essa chama perene
Que entre um verso e outro haja poesia e encanto
Que nenhuma conversa fiada afaste de nós
Esse viver a vida com simplicidade, de fato.
Quero uma toada tão simples assim, e basta,
Que entre sem bater na minha vida a dentro,
Que me faça sorrir ou me debulhar em lágrimas,
De sorte a me trazer paz de sobra,
Sem caçoar de mim, sem mangar dos meus quereres,
Sem exigir nada mais que a união da minha gente.
Quero fazer uma prece calorosa,
Quero fazer uma prece acolhedora, hospitaleira,
Que diga pra você, minha Várzea, minha amada cidade,
Que ainda estou presente em tuas travessias, em tuas veias,
Que ainda mereço estar em tua natureza agreste, viçoso,
Que ainda careço desse Vapor vital descendo ao rio Joca,
Vertente da alegria que jorra em cada arisco interior,
Vertente da alegria que se instala em cada Itapacurá em festa.
Quero fazer uma prece decente,
Repleta dessa essência, a expandir
A exalar o mais puro perfume no ar
Que me preenche o vazio da alma,
Esperando que um dia desses
Tu possas florescer em outras cores,
Além de todo verde que existe em cada chão
Que tinge de novo a esperança velha,
Aquela que ronda o belo jardim
Que faz primavera todos os dias
No sagrado solo de São Pedro Apóstolo,
Que faz contente ser a vida do varzeano,
Que tem a chave para afugentar o que seja tristeza
Que dá a volta certa na fechadura
E sabe o segredo do cofre do coração da gente!
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