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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ORGULHO RENOVARZEADO


AUTOR: João Maria Ludugero.


Os dias passam apressados, as horas
Passam depressa, a vida passa depressa demais...
A Cada dia que passa, eu passo por ti, e percebo,
De passagem, que teimas em me dizer:
Hoje renasci, hoje nasci de novo!

Mas como renasceste, se o mundo
Não é novo para ti, apesar das coisas novas
Que foram atiradas na tua janela entreaberta,
Na tua tela delimitada, na tua cela de sonhos
De menina que virou mulher, mas ainda insiste
Em acreditar na força de suas compridas tranças,
Mesmo ciente de que aquelas não passam de um aplique?



Se a chuva que cai no céu da minha Várzea
Tornou-se um Vapor que respinga seus cristais,
Se esse Vapor considerado tão vital
Nem sequer ainda te batizou, como renasceste,
Conta-me aqui, dá-me a certeza, pois que não mentes?

Oh, minha Garota-desejo, menina varzeana,
Vamos pois viver um viver puro, nítido, real,
Vamos pois afastar de nós toda tristeza, agora,
Vamos pois desatar todos os nós que possam ser desatados,
Sem corte, sem cobranças, sem esporas, sem demora,
sem choques, porque o ontem já passou:
Se foste mesquinha? foste boa menina?

Isso agora não vem muito ao caso, pouco importa,
Não tem deveras a merecida importância, de fato,
Que venha o esquecimento!
E que fique somente dessa Várzea de ontem
A essência, o que ficou lapidado, de pronto,
Do ouro íntimo do que amei e sofri,
Do que vivi, palmilhando pelos caminhos
Das esperanças novas, e daquelas que renovei votos,
Ao acreditar no novo tempo, aprendi muito,
no despertar desse menino tão varzeano,
Do despertar dessa Várzea que sonhamos,
Da Várzea que queremos para nós e para nossos filhos,
De uma Várzea acordada na certeza de que melhores dias virão!


Agora, a cada instante, ao bem e à alegria,
Eu suplico em minhas preces, o meu intento.
Tudo isso será propício, advindo do devido equilíbrio
Tão necessário e tão essencial à razão da nossa existência.
Meu decidido afã: ser vertente da água da bondade
Ser um rio bonito, preservar a beleza do lugar, ser o rio Joca
Matar a sede das bocas ávidas, sedentas bocas,
Fertilizar o chão que me dá chão, bendito solo,
Abraçar meu irmão, cuidar de tudo ao meu redor,
Ser belo, seja por dentro e por fora,
Ser minha própria Paz - a paz dos outros varzeanos,
Seu regozijo - meu regozijo, minha riqueza multiplicada
Ao dividor meu sonhar - meu sonho acordado!

Meu cristalino pranto de felicidade, eu choro é de contente,
Porque também se chora de alegria, de felicidade, sabia?
E essa alegria alheia é maior quando começa a pulsar em nós,
A partir do interior da gente, de quantos corações palpitem
Nos orbes infinitos, nos cuidados que teremos a cada dia que passa
Criando e acreditando nessa nova Várzea!

Então, logo haverás de dizer, com toda razão:
Hoje renasci, ao acordar para um novo tempo!
Hoje eu sou um novo Varzeano, com muito orgulho,
Porque amo demais esse lugar, esse chão tão fértil,
Tão abençoado por São Pedro Apóstolo!
E tenho dito: Amo muito tudo isso, minha Várzea!
E quero que todos saibam disso, a todo instante, a cada dia!

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