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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

VÁRZEA E O POEMA DAS 50 PRIMAVERAS

VÁRZEA E O POEMA DAS 50 PRIMAVERAS


Autor: João Maria Ludugero.


Eu tenho um Amor
Que vai fazer 50 primaveras
Esse Amor tem nome próprio: VÁRZEA!


É lá que nasce o sol, tão radiante,
Que dá cor à mais linda natureza
É lá que duas palmeiras imperiais
Embelezam a igreja-matriz do apóstolo Pedro
É lá que mora a simplicidade da vida
É lá que tenho um magote de amigos,
De verdade, daqueles que não têm nenhum vergonha
De amar o chão que pisam, modestamente,
Com a gigante humildade
de serem os mais ricos do mundo.
Essa é a minha gente, gente grande, boa gente.


É lá onde o sol se põe mais bonito
Alaranjando o céu da tarde amena
É lá que o Amor me espera numa bela Vargem,
Sentado em uma pedra na rua da pedra
Brincando de poetar na rua do arame.
É lá que mora o meu sonho acordado
É lá que me encontro enamorado na praça do encontro
É lá que tenho um Calango que me faz mais orgulhoso ainda
Por que é um açude que eu carrego no peito como relicário
Todo cheio do amor que guardo comigo vida a fora,
E todo amor que levo da vidaPara entregar a quem amo!
Seja na enchente do rio, seja nas ondas do açude
Busco a essência da vida, tão simplesmente
Fertilizo meu coração, debulho-me em lágrimas
Quando me bate a saudade, a saudade
Não fico vergonhoso, com isso, pois
Aprendi que um homem também se permite a chorar
Não seja por isso, choro feliz, de fato, a gosto,
Por você, menina varzeana, a quem tanto amei
Juro que nada sem ti serei, minha princesa!


Cá estou eu preparando as malas pra te ver
Estou no cerrado, em pleno Planalto Central do País,
Estou aqui em Brasília, Cidade de JK,
Lá esta você, minha Várzea amada, a esperar por mim,
Estou a um caminho, acredite, porque careço te ver,
Eu preciso viver você, minha doce enamorada,
Quero matar as saudades, correr tuas trilhas,
Pretendo seguir as placas que me levam a ti,
Um carinho quero te dar, cuidar de ti num abraço apertado,
Eu bem sei que lá o Amor está a me esperar...
Mas não tarda, eu chegarei no teu interior
E deitarei no teu colo como um filho
Que se esquece nos braços da mãe, minha Várzea!


Aguarde-me, pois, janeiro está quase perto,
E aí estarei para matar as saudades,
Minha Várzea das Acácias, meu amado chão!
Até logo mais! Minha jovem cinquentona!

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