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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

BONS ARES DA MINHA VÁRZEA

BONS ARES DA MINHA VÁRZEA


Autor: João Maria Ludugero.


Várzea minha, prenda minha,
Meu pequeno e amado torrão,
Tu és o verso que não se perde,
Voa incólume e puro pelos ares
Do Vapor de Zuquinha,

Pelos lares onde mora a simplicidade
Pelos bares da praça do Encontro.


Tu és a poesia, aquela poesia
Que se espraia pelos Seixos
Com o vento da madrugada
A soprar as duas palmeiras de São Pedro
Numa ardência indelével no peito,
Que chamam de saudade,
Semeando silêncio pelas quatro bocas
Pleno de reticências, de quereres
De uma inquietude que não dorme cedo
Estou tão longe, mas tão pertinho de ti no coração
Que não dá pra separar dos meus cheiros preferidos
O teu perfume que insiste em não se conter
Em não se fechar em pequenos vidros,
Em pequenos frascos de inesquecíveis aromas
Qe demarcam pra sempre a alma da gente.


Teus cheiros, teus ruídos teimam em ficar, em se achar

Em significar o que há de bom nesse lugar sagrado
Pra sentir, além do tato e do olfato, além dos paladares
Além de todas as flores do caminho, além dos cactos
Além dos ariscos e do Itapacurá, além dos espinhos
Sei que há uma semente a germinar além das pedras
E dos lajedos: a certeza de um novo tempo de despertar!

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