POEMA-FILME DA CONSTRUÇÃO DA IGREJA
DE SÃO PEDRO: O ALICERCE DA FÉ VARZEANA
Autor: João Maria Ludugero.
Minha Várzea de Mãe Claudina,
Não consigo te esquecer, nunca
Nas idas e vindas da minha memória
Eu trago imagens de ontem
Eu trago imagens indeléveis
Que não se dissipam nos desvãos das lembranças
indestrutíveis imagens de pessoas, de pioneiros
Que fizeram esse lugar, essa terra de São Pedro.
Passa o tempo, vêm novas imagens
Sobrepostas coisas, outros momentos
De cores fortes que não consigo apagar.
Que teimam em transparecer nesse filme
Em se destacar nas imagens presentes,
Como sombras nunca perdidas no agora,
Não como fantasmas inexistentes, fora do imaginário,
Mas como personagens que marcaram presença
E depois saíram de cena, fizeram a sua parte.
Eu assisto simplesmente a esse filme lindo,
Eu faço a montagem, o roteiro e teço a história,
Eu traço cada passo, eu me valho do que me contou
A ilustre professora Vilma Anacleto,
Com tamanha precisão e toda riqueza de detalhes,
Ela que foi testemunha ocular ainda cedo, da escavação
Aos alicerces dos pilares da nossa hoje igreja-azul...
Tão belo esse filme que se passa na minha cabeça.
Eu me orgulho em realizar essa película histórica.
Eu viajo no tempo, no calor das horas, nas noites de luar, de verão,
Somente para voltar no tempo, só para ver as cenas
Da construção da base da matriz de São Pedro Apóstolo.
Eu me transporto no tempo, eu vejo o elenco
E vislumbro um magote de mulheres, homens e crianças
Todos incumbidos de construir seu templo de Fé,
Cada qual a carregar, a transportar areia lá do rio Joca
Em bacias, em baldes, em latas de querosene
E até mesmo em pequenas latas de óleo Benedito.
Eu, como poeta varzeano,
Precisava deveras registrar aqui
Essa cena poética tão bonita
Que há tempos carrego comigo,
Transpondo-a para a tela quente da memória viva.
E viva a essa gente hospitaleira,
E viva o nosso povo altaneiro,
Eu tenho muito orgulho dessa gente,
Brava gente potiguar, brava gente varzeana!
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