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quarta-feira, 17 de julho de 2013

SOBREVIVENTE, por João Maria Ludugero.

Eram cócegas na ponta da língua. 
Eram borboletas pelos ares,
Tendo me revirado a visão na penumbra.
Era um calafrio a aquecer a espinha. 
Eram palavras em letras repetidas.
Era o vento a escapulir os cabelos da venta... 
E ainda havia um receio gigante da cuca
Por não saber onde tudo acabaria aos estanques.
Para onde eu estava indo, a correr dentro, eiras e beiras,
O que estava acontecendo na lida consentida ao tormento.
Fechei os olhos e deixei aquele momento todo me abraçar. 
A vontade de sobreviver tudo aquilo me fazia confiar e,
Perseverante, fiquei maior que todas as dores do mundo.

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