Eu que ando nas rajadas do vento.
Ando curando as feridas...
Me ninando às brisas amenas,
Colhendo dádivas da vida.
Torno-me imenso
Ao me levar no infinito azul
Pelos ares afoitos e medonhos,
Com o sangue encarnado, às escâncaras.
Não me estanco pela ventania,
Vejo o tempo passando.
E eu o queria lento, sem me exaurir...
Ele descamba pelos cata-ventos inflamados
E nem sabe como sou apaixonado!
Como tenho sonhos acordados!
Como me envolvo em abraços
Que não se extinguem
Quando se dão aos meandros
Ao desvão, a divagar no pensamento.
Eu sei por quais caminhos me abranjo e ando.
Permaneço em meus voos arteiros,
Dentro e alto com minhas asas coloridas...
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