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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O APANHADOR SOB OS ACORDES DE UM SONHO

E chega o dia  de colher,
a hora é de folguedo,
de sentar à mesa em festa
e agradecer, com afinco,
pela paiol da casa farta
pelo balaio cheio de espigas
pelo sustento
pelo alimento
que mata a fome
de vida dessa gente destemida
que ainda acredita na força
que brota em acordes de um sonho
que se levanta
que fertiliza o riacho do mel
E há tanto leite
a verter no seio da Várzea
a se derramar vertente
no leito da terra!
Dá gosto de ver de perto
o tempo soprando sulcos
no chão soprando mudas
nas mãos criando calos,
na terra soprando juncos
no rosto riscando rugas,
o tempo andou semeando letras
e eu plantei este meu poema
assim disposto feito milho em pendão
contente da vida varzeana,
revigorado pela lida
que a natureza inspira,
do germinar do grão
ao prazer da colheita.

10 comentários:

  1. Na esperança de boas colheitas plantamos palavras amorosas e realistas em nossos poemas! Agora, colhamos! Belo poema! Abraço da Célia.

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  2. Fabio leonardo,
    da Casa da Poesia disse:
    Que seria de nós sem a natureza em operação,
    dá até para fazer canção poesias.
    abraço.
    Fabio.

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  3. Bruno Gaspari,
    da Casa da Poesia disse:
    Poeta João Ludugero, se o tempo semeou letras e você plantou seu poema, nós aqui de fora que colhemos "os frutos", com certeza estamos satisfeitos e admirados pela maestria e beleza como você conduziu os versos.
    Parabéns por seu talento e inspiração!
    Bruno

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  4. Marilia Blanco Spinoza Oviedo - España24 de novembro de 2011 às 02:38

    João Ludugero,
    Permítanme traducir su bello poema, que fue en español también, pero vamos a ver:

    "El guardián BAJO LOS ACORDES DE UN SUEÑO

    Y el día viene a cobrar,
    es el momento de alegría,
    sentados a la mesa en la celebración
    y gracias, duro,
    granero de la casa de los enfermos
    la canasta llena de clavos
    los medios de subsistencia
    de alimentos
    que mata el hambre
    de vida de estas personas sin miedo
    que todavía cree en el poder
    que viene en un sueño de los acordes
    que se eleva
    que fertiliza el arroyo de la miel
    Y no hay mucha leche
    derramada en la tierra baja
    para arrojar arrojar
    en el lecho de la tierra!
    Es un placer ver de cerca
    tiempo de soplar las ranuras
    derribando árboles
    la creación de callos en las manos,
    soplando las cañas en la tierra
    rascarse las arrugas faciales,
    momento de la siembra caminó letras
    Yo planté, y mi poema
    hecho de maíz preparada borla
    varzeana vida feliz,
    fortalecida por la lectura
    que la naturaleza inspira,
    la germinación de los granos
    el placer de la cosecha. "

    Hermoso! ¡Felicitaciones!
    Abrazos y salud!
    Marilia Blanco Spinoza
    Oviedo - España

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  5. Amartvida (Nina),
    da Casa da Poesia comentou:
    concordo com o que disse acima o Bruno
    ...Frutos viçosos de uma qualidade poética inquestionável... bela a sua poesia sempre...
    abraço bem grande
    Nina

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  6. Tua poesia é mesmo um bálsamo para a alma da gente. És um poeta nato! Meus cumprimentos.
    Djair Abrantes Castanheira,
    poeta.

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  7. Poesia sensacional! Sou teu fã número 1. Adoro sua poesia e tudo que escreves. Forte abraço,
    Raoni Serra.

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  8. Primoroso poema. É de qualidade a safra de tuas letras. Bendito poeta! A ti, tiro o chapéu e venho louvar-te por tão belo poetizar!
    Joana Adonias Machado Eiras.
    Belo Horizonte - MG.

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  9. É bom vir aqui sempre e encontrar essas pérolas que escreves! Lindo demais! Adoro tua poesia. Estais cada dia, cada vez melhor!
    Maria Eudália Mendes.

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  10. Olá,João Ludugero,boa tarde!
    Sua poesia é de puro fascínio! Amei de paixão seu blog, seus poemas. Tudo aqui está lindo, demais!
    Mega abraço,
    Sonia Vasconcelos.

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