deitando-me lágrimas nos olhos
de cortar cebola, e me apraz
mesmo vendo que o mundo gira
embaçado, em torno de sóis
ao redor do meu poema
que parece pequeno,
mas o dia é que é pouco
pra cabê-lo inteiro
tendo em vista
que ele se achega, adentra
causa refluxo na aorta
e me deixa assim, ex-cara velho,
com ânimo renovado não só no rosto,
disposto a cometer loucuras!
E acabo por recomeçar
Saio da moldura, largo a maca
me pego a andar, a voar, a beber
toda água que me acetina
o semblante depois de muitas luas
o semblante depois de muitas luas
e pingentes estrelas numa constelação
que se expande na minha sala-de-estar
só por causa desse Amor que impera
que se expande na minha sala-de-estar
só por causa desse Amor que impera
que não perde a beleza
nem quando encontra a presença
em miúdos das coisas de rotina.
Ele é quem me faz menino
encharcado de amor
encharcado de amor
desses que me leva
a dar bom dia a cachorro,
abraçar plantas e crianças,
a dar bom dia a cachorro,
abraçar plantas e crianças,
apesar dos cheiros e ruídos
oriundos do curtume dos descontentes
que querem porque querem,
no fim de uma leitura, o mapa-rascunho de vida,
e ora lhes apresento minha risada escrachada,
com cara de moleque feliz, chorando seus prazeres
mas marejado é de felicidade, que ora me nina,
sem pensar em cortar os impulsos tão cedo,
apenas satisfeito ao cortar suas cebolas roxas,
Porque ele está ali de novo, o Amor
me convidando a tirar a roupa
e mergulhar por mares
nunca dantes navegados...
Desnudo, abraço o amor
e vou abrindo espaço vão afora
aliado ao meu braço de mar,
ainda sou rio na embocadura da lida!
e ora lhes apresento minha risada escrachada,
com cara de moleque feliz, chorando seus prazeres
mas marejado é de felicidade, que ora me nina,
sem pensar em cortar os impulsos tão cedo,
apenas satisfeito ao cortar suas cebolas roxas,
Porque ele está ali de novo, o Amor
me convidando a tirar a roupa
e mergulhar por mares
nunca dantes navegados...
Desnudo, abraço o amor
e vou abrindo espaço vão afora
aliado ao meu braço de mar,
ainda sou rio na embocadura da lida!
tu és de chorar e de rir:)
ResponderExcluir:( Começo a ler e a ficar com pena das lágrimas ao cortar cebolas... de repente acabo num lindo ato de amor, em pleno mar, realizando desejos outrora afogados em tristezas! Demais! A mente viajou e muito! Abraço, Célia ;)
ResponderExcluirBoa tarde. quisera encontrar em toda esquina um poeta tão belo. Parabéns.
ResponderExcluirUm abraço.
Olá!
ResponderExcluirMais uma vez me encantas com teu poema! Fico pequena. E corto uma cebola para justificar a lágrima que surge com o prazer renovado de viver.
Abraço.
Teu poema traz nuances da vida: um dia ri, no outro chora. E há quem chore, mas de cortar cebolas, até mesmo de felicidade! Belo texto!
ResponderExcluirAmei de paixão.
Até mais!
Cláudio Augusto Vilaverde,
poeta.
Santos-SP
Mais um belíssimo poema do Ludugero! Grande poeta!És único!
ResponderExcluirHenrique Serra Mendes
Sensacional!!!!! Muito bom seu texto, contente, cortando as cebolas da vida!
ResponderExcluirRaoni Serra
Muito lido o seu blog, muito linda a sua trajetória, muito, muito. Parabéns!
ResponderExcluirManoel Gonçalves Onoyama Castro.
Quanta magia no teu belíssimo poetizar!
ResponderExcluirÉs um grande poeta! Parabéns por mais um lindo poema! Abração. Já sou tua seguidora!
Até mais!
Flávia Morana Torquato
Também acabei de chegar ao teu maravilhoso site. Que delícia de poesia! Tudo!!!! Parabéns, és grande, mesmo! Gostei de tudo que já li e reli por aqui. Belíssimo blog! Até mais!
ResponderExcluirSua poesia é muito rica, bastante aconchegante, digna de moldura.
Abraços,
Léo Marcondes Tupinambá,
Escritor.