Na beira do açude,
eu encho cabaças e moringas,
Eu encho a cuia
sob teus olhos acordados
que me fitam potáveis
querendo me beber os sonhos
longamente, imperiosamente… na cuia.
de dentro dela o amor me espia.
Ao desemborcá-la,
retrato-me em tamanhas certezas
e, num átimo de tempo, capto
misterioso recado disposto
no seu espelho d'água
que não parece só fazer água...
é a cuia a me decifrar sinais
como que a gritar silenciosa,
o que teus olhos me falam de soslaio
feito alma que quer ser corpo, de fato,
de criação que anseia ser criatura
que anseia o dedo de Deus
a conter tua mão
que segura a minha cabeça de cuia
que contém a minha alegria
de momento a momento:
tal qual uma ave afoita, aflita
fazendo o pensamento viajar longe
ao tecer este poema assim fora da asa!
E o teu olhar líquido me convida ao mergulho,
porém entra-me na carne viva
um sentido nunca vazio, de certo,
de que teus dedos criam raízes na minha mão.
Teu olhar abre-se em abraços,
do íntimo, há braços alados a me apoiar
diante da forma inquieta de meu ser;
Tuas asas enlaçam-me toda a alma.
Teu olhar de lince me contempla inteiro...completo.
Logo revido, de dentro, em penetrações supremas
e sinto tanto prazer nesse consentimento,
que me vem à tona toda evidência
de que se vai abrir
todo meu corpo
em poemas:
daí nu vejo a céu aberto
nu me vou liberto,
no vão do céu azul,
quando me levas às nuvens!
Daí reviro a cuia
fazendo a chuva se derramar
cheia de céu
sobre as nossas cabeças!
eu encho cabaças e moringas,
Eu encho a cuia
sob teus olhos acordados
que me fitam potáveis
querendo me beber os sonhos
longamente, imperiosamente… na cuia.
de dentro dela o amor me espia.
Ao desemborcá-la,
retrato-me em tamanhas certezas
e, num átimo de tempo, capto
misterioso recado disposto
no seu espelho d'água
que não parece só fazer água...
é a cuia a me decifrar sinais
como que a gritar silenciosa,
o que teus olhos me falam de soslaio
feito alma que quer ser corpo, de fato,
de criação que anseia ser criatura
que anseia o dedo de Deus
a conter tua mão
que segura a minha cabeça de cuia
que contém a minha alegria
de momento a momento:
tal qual uma ave afoita, aflita
fazendo o pensamento viajar longe
ao tecer este poema assim fora da asa!
E o teu olhar líquido me convida ao mergulho,
porém entra-me na carne viva
um sentido nunca vazio, de certo,
de que teus dedos criam raízes na minha mão.
Teu olhar abre-se em abraços,
do íntimo, há braços alados a me apoiar
diante da forma inquieta de meu ser;
Tuas asas enlaçam-me toda a alma.
Teu olhar de lince me contempla inteiro...completo.
Logo revido, de dentro, em penetrações supremas
e sinto tanto prazer nesse consentimento,
que me vem à tona toda evidência
de que se vai abrir
todo meu corpo
em poemas:
daí nu vejo a céu aberto
nu me vou liberto,
no vão do céu azul,
quando me levas às nuvens!
Daí reviro a cuia
fazendo a chuva se derramar
cheia de céu
sobre as nossas cabeças!
Des mots toujours très beaux... gros bisous
ResponderExcluirAmigo Ludu sôdades extremosas de tu meu bixim... sumi, mas estou aqui de volta ao teu aconchego e venho te convidar para as brincadeiras BLOGUEIRO OCULTO e o MAGIA DO NATAL que estou lançando no salão azul da Ilha, o convite e o link se encontram lá ♥ ♥ ♥ te espero lá. bjs no coração.
ResponderExcluirAna Lins disse...
ResponderExcluirE foi querendo conhecer seu blog através de outro amigo que cheguei aqui.
Parabéns pelos poemas,tudo muito fino,elegante,de estilo.
Estou começando a te seguir, viu?
Querido poeta João Ludu,
ResponderExcluirOie!
Sigo seu blog pelo reader no meu celular e adoro te ler.
Leio geralmente à noite, e chamo gentilmente esse horário de "retiro espiritual".
Obrigada, por existires!
Norma Fagundes Leal
Fabiana Martins disse:
ResponderExcluirHá poucas coisas que dispensam palavras.
Tua poesia é uma delas: és único. Formidável!
Beijos.
Fabiana
Tens toda a riqueza da simplicidade da poesia... És um poeta incrível, João Ludugero! Aqui encontro o exemplo de um belíssimo poetizar... Como são lindos os versos do teu poema! BRAVO!
ResponderExcluirGrande abraço,
Marília Torquato Novais.
Psicopedagoga - BH.
Lindo! adoro teus textos porque nos dão muito o que refletir. Que beleza de poema!
ResponderExcluiramei sua "cuia". Que maravilha... Li sem parar, num só fôlego!
com carinho
Maria José Fontes Nóbrega,
Historiadora - São Vicente - SP.