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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PORTA-POESIA


Eu porto bandeiras, cartas, chapéus
porto estandarte e alegria, de passagem
porto malas, retratos, respostas, voz.
Porto lembranças que duram
Estou no cais das idas e vindas, 
sou veleiro em flor.
Porto mudanças e estações 
Porto vidas inteiras, buscas e rotas 
Porto olhos marejados, lenços e adeus 
em partidas e chegadas
Porto amores, laços, esperanças, dores
Porto sentidos, consentidos ou vãos
Porto sóis, luas pingentes e penumbras
Porto astros, lábios, nortes 
bússolas e viagens
Porto náufragos e garrafas de SOS
Comporto mapas adversos e temperança.
Não estou apenas portador da poesia,
Eu careço de escrevinhar, 
a contento vice-versando, não me contenho, 
e uno opostos, num átimo de segundo. 
Eu preciso chegar à alma das palavras, e as acho.  
Se deserto há, é aí que me encaixo no meio
de me achar num oásis farto,
porque tenho sede de letras
que me abrem um clarão na lida  
que só me saciam em palavras que escavo 
que escrevo com afinco, 
que bem me apontam 
o lápis da Poesia.

5 comentários:

  1. Oi João, sempre que tenho tempo passo por aqui, pois passar aqui, é gratificante demais!!! Como sempre... lindo poema!!! Parabéns!!! Tenha um ótimo fim de semana! Beijos

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  2. Ah, João, tem que musicalizar seus poemas ou escrever um livro!

    Bom final de semana.

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  3. Fiz um vídeo, gostaria que vc visse. No Blog SENTIMENTOS...


    Beijo

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  4. Eita que poetaço que você é! Menino poeta és único, divino, maravilhoso! Adorei seu texto nota mil! Põe bom nisso... É ótimo! Valeu.
    Lídia Catarina Gonçalves Mendes,
    Psicóloga.

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  5. Que poema belo. Belíssimo! Feito com todo o coração! Tu sabes poetizar a vida!
    Abraço,
    RAONI SERRA

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