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terça-feira, 25 de outubro de 2011

JUAZEIRO

Sou esse tronco espinhoso, 
de ramos tortuosos,
de galhos retorcidos,
de copa verdejante, 
apesar da aridez do chão.
Sou sombra e aconchego,
sou flor, espinhos e frutos
sou ninho de gravetos, 
abrigo de anuns,
sirvo de suporte 
para ervas e passarinhos.
Sou casca grossa, madura,
boa para escovar os dentes,
sou mancha verde 
que cresce mesmo longe 
das chuvas de inverno. 
Sou vida que floresce no verão,
apesar do tempo quente e seco.
Sou Arbusto silvestre,
juazeiro do agreste,
planta nativa,
sou árvore com as raízes 
muito bem fincadas 
no solo fértil da boa Várzea,
mata cativa,
sombra para o corpo, 
sou descanso propício
do viajante alado, 
depois de muitos sóis,
quando o tempo de estio 
é mais interno.

10 comentários:

  1. Ei... Você é mesmo danado, e tem cada texto! Que maravilha seu poema!
    Lembrei-me de uma época em que ia visitar meus avós no sítio e a gente subia num juazeiro, a árvore do juá, para tirar as raspas e escovar os dentes. Pense. O nosso prazer era clarear os dentes. Pense num prazer!
    Camila Mirtes Mendes,
    Psicóloga.

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  2. Lindíssimos: o Juazeiro e o dom do poeta! Parabéns, abraço Célia.

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  3. Márcia Fernandes Vilarinho,
    da Casa da Poesia disse:
    A sombra dessa árvore
    significa a proteção intensa
    ao sol causticante do Norte.
    Que bonito!
    Márcia

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  4. Deise Maria Canabarro disse:
    \o/..... Só aplausos!
    Beijos mil,
    Deise

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  5. Maravilha de poema. Intenso, simples, divinal!
    Destaco:

    "sombra para o corpo,
    sou descanso propício
    do viajante alado,
    depois de muitos sóis,
    quando o tempo de estio
    é mais interno."

    Sensacional! Como sempre. És único!
    Parabéns pelo poema, pelo blog, por teres esse dom de poetizar puro, verdadeiro, esplêndido!

    Carlos Wanderley Torquato Neves,
    Médico e professor da UnB _ Brasília-DF.

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  6. Eu acredito na força da poesia...
    Assim como eu acredito que o sol nasceu .... não só porque eu vejo isso, mas porque por ela eu vejo todo o resto: a vida, o ser, o sentir e seus horizontes. Tua poesia me mostra tanto, me induz, me convida a escrever também. Como podes ter um dom assim tão verdadeiro, ó poeta lindo de viver! Tu sabes ser bonito, ó Ludugero!
    Adoro seu blog, sua poesia e a ti, muito.
    Inês Luchesi Moura Brandão - Estudante de Direito - UniCeub - BSB-DF.

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  7. Antonio Soares Gondim (Toninho Zumbi)25 de outubro de 2011 às 17:45

    Tu tiras água até de pedra... com tua poesia não há como não conseguir o impossível. Pois para ti, ó poeta, nada é impossível, pois tens o dom de trazer a beleza em tuas letras benditas!
    Antonio Soares Gondim,
    Bancário.
    Sou teu seguidor, sou teu fã!
    Abração.

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  8. Severino José Siqueira (S-3)25 de outubro de 2011 às 17:49

    Eu queria ter escrito esse poema.
    Sou de uma terra onde essa árvore é largamente vista. Eu gosto de apreciar seu blog, e da combinação perfeita poema e imagens. Sensacional!
    Abraço.
    Severino José Siqueira.

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  9. Rayane Kenzo Mansur Franklin26 de outubro de 2011 às 03:48

    Dear poet Ludugero,
    Good day! Happiness and joy today and always ...
    What a beautiful poem! highlight:

    "I am life that flourishes in the summer,
    despite the hot, dry weather.
    I am a wild shrub,
    the wild jujube,
    native plant,
    I'm with the tree roots
    Stiff fine
    in the fertile soil of good Lowland,
    kills captive
    shadow to the body,
    I rest conducive
    Traveler winged
    after many suns,
    when the time of summer
    is more internal. "

    Beautiful, beautiful! kisses.
    Rayane Kenzo Mansur Franklin

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  10. É tamanha a alegria de vir aqui só para te ler!
    Ó menino-poeta Ludugero, tu és uma criatura de um coração iluminado, de uma cabeça brilhante... Tua poesia reflete essa luminosidade que te é patente. Adorei seu poema acima, cada um melhor que o outro.
    Venho aqui e me rasgo em elogios, mas também pudera: és único! Abraços,
    Laís Mantovani Catunda Di Carli,
    Psicopedagoga - Juiz de Fora - MG.

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