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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O LIVRO

Eu me atiro nas palavras,
vice-versando tenho à mesa
carne, peixe, pão e queijo prontos.
Prefiro a faca, o anzol e a fome.
Eu vicejo, reverdecido,
abro um livro 
como quem abre
um telhado no deserto. 
E, de dentro, me alinho
de sorte pro alto, de súbito,
dou partida ao meio
de chegar ao cimo, e chego,
ganho firmamento,
o norte ponteio, de certo,
sem vexame nem dilema, acolhido.
Alivio um pouco minha sede.
E assim aliado às letras 
com toda força arremesso
meu bumerangue encantado.
'Oasis/meio-me' na lida
e do topo da minha casa
posso girar o mundo
que trago em minhas mãos,
beber da sua água,
posso andar com asas
e ver suas páginas 
de frente e verso,
de todos os lados,
amparado assim
no que está escrito
em meu livro aberto.  

10 comentários:

  1. A leitura do nosso livro interior é uma das mais difíceis de se fazer. Reveladora ao extremo! Belo poema confissão!
    Abraço, Célia.

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  2. Wagner Marim,
    da Casa da Poesia disse:
    Poema bem criativo.
    Gostei, João.
    Grande abraço.

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  3. Somente o livro é capaz de inspirar tamanha profundidade de poesia. rico poeta.
    parabéns!!

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  4. Márcia Fernandes Vilarinho Lopes,
    da Casa da Poesia disse:
    Lindo refletir em claro sentir.
    Lindo!
    Abraços
    Márcia

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  5. Beatriz Prestes,
    da Casa da Poesia disse:
    Que homenagem linda
    a este dia tão importante
    e significativo!!
    Bea

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  6. Prezado poeta Ludugero:

    "Viajar pela leitura
    sem rumo, sem intenção.
    Só para viver a aventura
    que é ter um livro nas mãos.
    É uma pena que só saiba disso
    quem gosta de ler.
    Experimente!
    Assim, sem compromisso,
    você vai me entender.
    mergulhe de cabeça
    na imaginação!"
    (Clarice Pacheco, Caderno de Poesias).

    Parabéns! Viva o dia do Livro!
    Djair

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  7. WANTED POET J. LUDUGERO,
    Let me translate HERE YOUR POEM:

    "I throw myself in words,
    vice versa have the table
    meat, fish, bread and cheese ready.
    I prefer the knife, the hook and hunger.
    I thrived, revived,
    I open a book
    as one who opens
    one roof in the desert.
    And inside, I line up
    so up high, suddenly,
    I halved
    reaching the top, and I arrive,
    gain firmament
    Ponteio north, to some,
    without shame or dilemma, accepted.
    Sometimes less my thirst.
    And so the letters together
    with full force shot
    My boomerang delighted.
    'Oasis / through me' in dealing
    and the top of my house
    can turn the world
    I bring in my hands,
    their drinking water,
    I can walk with wings
    and see your pages
    duplex,
    from all sides,
    well supported
    what is written
    in my book. "

    I loved his passion for poetry about "THE BOOK"!
    Congratulations!
    Joseph Wilkcson Richard Wolf,
    New York

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  8. Sil Villas-Boas,
    do Jardim dos Girassóis,
    disse:

    João,
    E que neste seu livro aberto possamos encontrar um poema cativante para ser lido a qualquer hora, a qualquer momento.
    Bjussss
    Sil

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  9. Prezado poeta João Ludgero,
    Que poema maravilhoso! Sou teu fã!
    Já dizia Benedetto Croce:
    "Não há poesia sem um complexo de imagens e um sentimento que o anima."
    E assim tu vais poetizando e animando a vida!
    Belo poema!
    Abraços,
    Raoni Serra

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  10. Fantástico poeta! Teu poema é lindo!
    Parabéns! Boa semana!
    Francyele Lucas martins,
    Psicopedagoga

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