TERNO MENINO JOÃO MADURO LUDUGERO,
por João Maria Ludugero
Vê! Tornaste-te terno menino João maduro ao Vapor,
tornaste-te a cantiga do canário-de-chão, das patativas,
dos sabiás, dos pintassilgos, dos galos-de-campina.
Sou do agreste de Ângelo Bezerra.
Sou mesmo o objeto da minha busca:
acho-me na canção do bem-te-vizinho,
que ressoa através da mais pura varzeanidade,
sou aquele terno menino João maduro Ludugero,
criatura isenta de tristeza, apesar de não isenta de saudade,
de coração partido, a andar, a correr dentro e a voar alto,
sem medo da cuca esbaforida. Mas, se preciso for, não duvido,
sou mesmo de assanhar até os pelos da venta, sempre disposto
na toada do sanhaço só a degustar o formoso mamão maduro,
elevando-me na sintonia de todos os sons da Várzea dos Caicos.
E, de tal sorte, bem me apanho pelo vão da terra
de dona Zidora Paulino, de Rosália Fernandes,
De dona Suzéu, de dona Maria de Franco, de Ana do Rego,
de Carmozina e de madrinha Joaninha Mulato.
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