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sábado, 6 de junho de 2015

TERNO MENINO JOÃO MADURO LUDUGERO, por João Maria Ludugero

TERNO MENINO JOÃO MADURO LUDUGERO,
por João Maria Ludugero

Vê! Tornaste-te terno menino João maduro ao Vapor,
tornaste-te a cantiga do canário-de-chão, das patativas,
dos sabiás, dos pintassilgos, dos galos-de-campina.
Sou do agreste de Ângelo Bezerra.
Sou mesmo o objeto da minha busca:
acho-me na canção do bem-te-vizinho,
que ressoa através da mais pura varzeanidade,
sou aquele terno menino João maduro Ludugero,
criatura isenta de tristeza, apesar de não isenta de saudade,
de coração partido, a andar, a correr dentro e a voar alto,
sem medo da cuca esbaforida. Mas, se preciso for, não duvido,
sou mesmo de assanhar até os pelos da venta, sempre disposto
na toada do sanhaço só a degustar o formoso mamão maduro,
elevando-me na sintonia de todos os sons da Várzea dos Caicos.
E, de tal sorte, bem me apanho pelo vão da terra de dona Zidora Paulino, 
de dona Carmozina e de madrinha Joaninha Mulato.

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