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domingo, 18 de agosto de 2013

MARCHA, por João Maria Ludugero.

Todos numa só marcha,
carregados pela sagrada Fé,
Aos magotes de crianças
Meninas e meninos
Levados da breca,
Mulheres que não mais choram solitárias,
Pelas ruas dos braços abertos
Às grandes aspirações do/ente,
Lembrar-me-ei agora,
Das escolas da vida,
Dos bares da rua grande,
Das janelas das casas caiadas,
Das tábuas de pirulitos nas ruas,
Dos adeuses da rua da pedra…
Dos adeuses que não foram ditos,
Das palavras de bocas benditas,
Das palmeiras da igreja de São Pedro Apóstolo,
De Bênçãos ao povo da Várzea das Acácias,
Das donas-de-casa, Joaninhas e Xinenes…
Da feirinha-livre aos domingos
Repleta de beijus, tapiocas e farinhas...
Lembrar-me-ei de ti, varzeaninha benzedeira,
Que passou por mim com um ramo de vassourinha
e me disse a palavra que ainda me cura…
Fui destemido à marcha constante e eterna,
Porém levanto agora o olhar atento
Para um lampejo de luz bem do alto:
São Pedro me abençoa de todas as bandas,
De sentinela, no topo da igreja azul...

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