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domingo, 18 de agosto de 2013

DOCE VÁRZEA, por João Maria Ludugero.

Eu andava sem rumo,
Mascando puxa-puxa,
Em liberdade pela rua grande.
Vaguei pelo beco de Antonio Duaca 
E pelas ruas da pedra,
Rua do arame e quatro bocas,
A caminho da tarde amena 
Até chegar a madrugadas...
E repousar sob o cafuné de Dona Maria Dalva,
Minha doce e encantadora Mãe...
Encontrava-me a ganhar o mundo,
A correr dentro e alto, num salto
Querendo achar o sabor da vida
No gosto da garapa do caldo-de-cana...
Perambulei pelos arredores 
Do açude do Calango,
Montado num magote de brinquedos
Desde carrinhos de rolimãs a cavalos-de-pau
Arrastando as danadas das cabras
Pela Vargem dos juncos a dentro...
E eu me sentia caminhando com a Várzea,
E agora,
Nesse jardim de saudades,
Sinto-me antigo menino varzeano,
Levado da breca, solto pela lida,
Que adoça minha vida inteira...

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