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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CLARO CERZIMENTO, por João Maria Ludugero.

E,se não houvesse mais palavras?
Ficaria uma hemorragia de sentidos 
A me perseguir pelo interior... 
É bem sabido pelo alumiar das candeias 
Mirrando a cada ventania,
Dessas de arrepiar até os pelos da venta,
Tão símiles aos grãos de areia do rio Joca,
Dispostos ao Vapor de Zuquinha
Pelo sol a pique da tarde amena,
Que ao conseguir me ninar,
Por entre os juncos e beldroegas
À beira do açude do Calango,
Alerta-me em letras a tecer colorida poesia 
Acerca da chegada dos nenúfares do Retiro
Da Várzea de Ângelo Bezerra, 
Quando a estrela Dalva, de manhãzinha,
Ainda me faz assobiar para acordar os sonhos,
Clareando-me agora-já, de amores,
Dentro e alto, de todas as bandas,
A cerzir meu coração partido
De tamanha saudade sem fim...

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