Que apenas assim seja.
Um dia ao desvão não me poderia esvaziar de mim,
dos poemas tecidos sem rima, com rasgos e prumos
no horizonte, com estrelas anunciadoras de terra firme,
ou, das margens inenarráveis do rio Joca
a banhar a nossa Várzea de dona Zidora Paulino...
E, mesmo que tudo se esbugalhasse dentro do tempo,
nomes nunca esquecidos, faces jamais irreconhecíveis,
convulsões me diriam das esperas pelo nascer da aurora,
apenas.
E, falam-me dos preás do Vapor
e dos galos-de-campina
dos Seixos de dona Santina
que não ficaram para trás no passado,
dos silêncios que os ecos repetem sem parar,
dessas lembranças de algum destemido varzeano
que acompanhou viagens intermináveis dos sonhos
de outros acordados sonhadores
escondidos entre as arestas das noites,
dos clarões de um novo sol de esperanças reverdecidas,
nomes configurados, que sejam nunca entardecidos.
Abrir-se-ão janelas pelo sopro do cavalo do vento,
retendo caçadores de preás, agonizando pelo vazio
de redemoinhos, dentre as macambiras e juncos
e os riachos abrirão outros caminhos ao gado-bravo,
como um bocejo de alvorecer no Itapacurá
nesse mesmo dia de toadas e cantigas pra fora do ninho...
Restarão Vapor, Seixos, esperanças novas em vertentes alinhadas
ou ainda bem-te-vizinhos, pintassilgos e sabiás
que costumam migrar pelos juazeiros e lajedos amplos,
procurando novos pousos pelo chão de dentro do sítio de Seu Tida,
cenário de sempre dos canários de chão...
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