Na minha vida deixo-me abraçar
Por letras e páginas soltas
Até em folhas e papéis de pão
Dentre livros, jornais, revistas
E cadernos meus em que mergulho
Atravessando poéticas e atrevidas emoções
Em que tento esbugalhar a minha alma
Compartilhada à flor da pele,
A correr dentro e alto, na ventania
Havendo sempre uma cantiga
a querer-me tocar o coração
E eu a querer ser sentido
Liberto na torre, de lado e de banda,
Presenciado por São Pedro Apóstolo,
De sentinela a ver o meu ser exposto,
E eu consigo com tanto fervor
O Coletivo de vozes feitas de terra,
Sangue e Amor...Aos magotes...
Na minha vida, restam-me as palavras
Para chegar perto dos outros e a mim.
E às vezes, quando o sol se põe alaranjado
E a noite me enlaça numa exteriorização
Da minha saudade, da minha terna claridade,
Olho o céu através da cortina das minha casa
E procuro nas estrelas longínquas
Todas as vozes e os cheiros amigos
Que já se apartaram de mim...
Então, sinto o perfume a se evolar dos jasmins
A adentrar nos jardins varzeanos...
A assoprar, amiúde ao interior
Até os pêlos da venta!
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