Por onde caminham os meus afoitos passos,
após um breve solavanco tombado em silêncio absoluto?
Destemidas as pegadas deixadas na prata avivada
do luar escondido por cirros cinzentos,
amálgamas dispersas, ao acaso da tarde amena,
temperadas pelo extenso e alto olhar de menino medonho,
ou pelo odor intenso do estilhaçado Vapor sem cabrestos,
nos coros repetidos dos cascos de algum alazão de sangue varzeano,
e tem vezes que não sei dos Seixos da inesquecível dona Santina,
nem das beldroegas que brotam além das margens verde-musgos do Calango,
açude que denota lembranças dos nomes que não desfiguram as coisas.
Recordo-me dos pássaros que não morreram em avoação,
porventura em incontida destreza de contentamento a galope,
enquanto beijava repetidamente a multicolorida alma em flor
exposta ao decorrer dos arredores da Várzea das Acácias,
sem esconder as visões e as vozes que pululavam sem parar,
dos cavalgares de outrora ainda não desapeados com o tempo,
evaporavas-te pelo fumo do primeiro cachimbo ao vento,
borda fora, riacho do mel a dentro, entre as nuvens espessas
esfiapadas perto das escarpas que se escondiam pelas passagens
da ventania ressoprada por escarpados lajedos...
Por onde te encaminhas se os candeeiros não se apagaram de vez?
O Vapor crepita ancorado à margem do rio Joca,
abatido pelo relâmpago que atrasou a estação da enchente.
Atraso-me para jamais te esquecer, minha Várzea amada!