Ainda não beira o anoitecer,
Mas já estais lá a rodar tuas alças
A mirar os passantes da corte, de soslaio,
Quando jogas teu corpo desnudo, de salto alto,
E a alma sem ti, de pano de fundo
Perpassa entre o cetim encarnado
E o meio-fio da rua
De uma esquina de bar
Entre vitrines, néons e o barulho dos carros
A derrapar nas curvas sinuosas
Pelas vias de paralelepípedos,
Só para espreitar tuas perfumadas tetas.
E lá estais a carregar teus fardos,
A rodar a bolsa ao pulso de desafiar a sorte
E nem sabes mais que cor teriam teus sonhos,
Posto que varas madrugadas a dentro,
Sem mais notares que ainda há uma lua no céu
Quando submissa, triste e solitária
Retornas a ti, após tentares vender amor,
E recebes tua paga, em troca,
Após teres sido possuída por um 'solidário'
Que teu rosto beija como a uma estátua.
Abraça-te a nudez e, simplesmente, é como falo,
Feito um cachorro no cio te lambe toda até o sapato,
De frente e verso, a fundo te ama, abusa,
Te faz de gata e o diabo a quatro por dois ou mais,
Te usa e lambuza, e até reclamas de consolo
Ao te acusar de que poderias ser menos santa,
Depois vai embora sem olhar pra trás!
Mas já estais lá a rodar tuas alças
A mirar os passantes da corte, de soslaio,
Quando jogas teu corpo desnudo, de salto alto,
E a alma sem ti, de pano de fundo
Perpassa entre o cetim encarnado
E o meio-fio da rua
De uma esquina de bar
Entre vitrines, néons e o barulho dos carros
A derrapar nas curvas sinuosas
Pelas vias de paralelepípedos,
Só para espreitar tuas perfumadas tetas.
E lá estais a carregar teus fardos,
A rodar a bolsa ao pulso de desafiar a sorte
E nem sabes mais que cor teriam teus sonhos,
Posto que varas madrugadas a dentro,
Sem mais notares que ainda há uma lua no céu
Quando submissa, triste e solitária
Retornas a ti, após tentares vender amor,
E recebes tua paga, em troca,
Após teres sido possuída por um 'solidário'
Que teu rosto beija como a uma estátua.
Abraça-te a nudez e, simplesmente, é como falo,
Feito um cachorro no cio te lambe toda até o sapato,
De frente e verso, a fundo te ama, abusa,
Te faz de gata e o diabo a quatro por dois ou mais,
Te usa e lambuza, e até reclamas de consolo
Ao te acusar de que poderias ser menos santa,
Depois vai embora sem olhar pra trás!
Um poema cheio de verdade nua e clara das noites de prazer.
ResponderExcluirRuas onde se trocam corpos suados de paixão
Vidas que se fazem nas curvas do prazer e da ilusão.
Essa posso chamar isso de uma vida muito triste, mas no fundo tambem acho que se tem outras opções, muitas vezes acho pura safadeza, a pessoa acostuma a ser usada a ser pisada, e tratada como uma cadela no cio, rsrs como vc disse, outras são obrigadas , pois tem que sustentar até uma família inteira, mas agradeço a Deus todos os dias por ter me dado família e condições para viver de forma descente, muito bom mesmo o texto, retrata a realidade como disse o amigo acima nua e crua das noites...beijos
ResponderExcluirBelo e intenso poema. A vida como ela é, sem retoques tratada de um jeito que nos leva a pensar nas agruras e adversidades por que passam determinadas massas. Tens o dom da poesia. Belo texto! Parabéns!
ResponderExcluirFrancisco Cleber Pereira.
Que poema, forte e belo!
ResponderExcluirGostei. Tu tens o dom de percorrer muitos motes e nos enlevar. E que texto, hein? Muito bom!
Sou teu seguidor. Abração,
Felipe Augusto Moura de Sá,
Goiânia -GO.
Um retrato da dura e crua realidade das ruas. Gostei muito do teu blog e já estou correndo para te seguir. Que bom que te achei. Maravilha!
ResponderExcluirAbraço,
Leidiane Fonseca Normando,
Vitória/Espírito Santo.
Eu já era sua fã... Hoje sou mais ainda. Tens muita sensibilidade nas tuas letras benditas, bem elaboradas e de diversos motes e temas. És um navegador do sentimento autêntico, real, apesar de estranha e cruel, mas é a realidade é assim, corta na carne e na alma. Tua poesia é sensacional. Adorei. Parabéns! Belíssimo blog.
ResponderExcluirVoltarei.
Sirley Gonzaga de Mello,
Professora - UnB-Brasília-DF.
Gosto dos teus temas. Este realmente é bem intenso, forte e cruel, mas a vida tem dessas cores. Queria te dizer que és mesmo uma grande sensação no mundo da blogosfera. Tenho muitos amigos e amigas que te seguem e estais cada vez arrebanhando seguidores. Tu és um sucesso, merecidamente! Até logo, querido poeta Ludugero. Abraços,
ResponderExcluirMaria Emília Montini Berta
Aqui um grande retrato da vida real. Uma fotografia social de um meio de ganhar a vida, ou perdê-la! Grande texto, belo poema.
ResponderExcluirAté mais!
Vicente Luiz Machado,
Fotógrafo.
Prezado poeta João Ludugero, Como é bom vir aqui ler tua escrita muito pouco convencional. Consegues falar sobre a vida, sobre o amor e/ou a morte
ResponderExcluircom muita coragem e paixão, sempre poetizando de forma leve com teus versos únicos, simples, lógicos e bem construídos. Adorei teu blog. Um show de site - recheado de belos textos, cada qual muito interessante, assim como este “De soslaio, um poema à puta vida" que fala por si só. A grandiosidade do seu coração e do seu caráter está explícita ao referir-se de modo tão acolhedor, solidário e sem nenhum preconceito em relação ás pessoas que vendem amor. Parabéns pela sua coragem. Sou teu fã e seguidor! És mesmo um grande poeta da boa safra. És mesmo único, formidável.
Arthur Vinícius Cantareira,
Escritor - Juiz de Fora - MG.
Muito bom seu texto!
ResponderExcluirAmei de paixão seu blog.
Felicidades, hoje e sempre.
Sou teu fão número 1.
Abração,
Jair Fontoura Leão Mendes,
Designer.
DEPOIS DE LER ISSO, VOU LARGAR MEUS SONHOS DE CONSTITUIR FAMÍLIA E SÓ ANDAR COM AS PUTAS. BELO TEXTO. PUTZ! VIAJEI MESMO NELE.
ResponderExcluirTEM POSTAGEM NOVA NO BLOG. PASSA LÁ, LEIA E COMENTE:
http://thebigdogtales.blogspot.com/
Olá Poeta...
ResponderExcluira riqueza de detalhes dos teus poemas,é teu diferencial como poeta; és um ótimo observador, assimilador da realidade que transcorre, e consegues transcrever textualmente com maestria, livre de amarras.
Parabéns!
Grande Abraço e uma linda semana pra voce!
Ludugero... como sempre, contundente e realista em seu mais alto grau! Um poema verdadeiro de quem busca no corpo a subserviência para sobreviver! Não sonha! Não ama! Não vive! Comercializa tão somente, o que deveria ser doado de ambas as partes no encontro de almas não só de pessoas fisicamente! E... dizem que "são mulheres de vida fácil"!! Total discrepância!!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Gostei muito deste poema e do blogue!
ResponderExcluirAbraço =)
http://www.rabiscosincertossaltoemceuaberto.blogspot.com/
Que texto!
ResponderExcluirSimplesmente o máximo!!!! Adorei.
Abraços,
Joseph Antonelli Volph Karls
Muito dez seu poema!
ResponderExcluirSensacional! Adorei.
Abraços,
Mano Salvatori Branco
Supimpa!
ResponderExcluirSupimpa!
Que maravilha, tanto o poema
quanto o sapato! Gostei demais!
Quero um destes, já!
Rubens Rich Moura Lens
Muito bom, muito bom seu poema!
ResponderExcluirBelíssimo. Amei de paixão, assim como tudo que escreves. És um grande poeta! TE ADORO!
Mayra Luppy Manga Bianchino
Radical....Adorei, poema e sapato: tudo lindo demais e cruel, assim feito a vida real em determinadas lidas. És único, poeta lindo de viver! Já te sigo. Ana Abrantes Müller Bayer
ResponderExcluirQue puta vida! Que beleza de poema!
ResponderExcluirEu sou teu fã, e o serei sempre. Tu escreves como ninguém, de uma forma que é única. DEZ! Patabéns pelo blog. Te sigo, com muita alegria de ter te encontrado na blogosfera. Abração,
Igor Lander C. Cavalcanti
São Paulo-SP.
Vida dura essa vida de ser da vida! Não é nada mole não e tem muitos riscos a correr. Teu texto é um retrato a olho nu dessa realidade cruel. És um poeta e tanto, tens uma verve de boa estirpe e de futuro brilhante, prever-se em tuas palavras bem levantadas de cunho altamente lírico e com muita categoria de escrevinhar. Tua visão é impar, sensacional, deslumbrante e mira de um jeito só teu. És único, grande poeta Ludugero. Abraço carinhoso,
ResponderExcluirMirtes Lourdes Loyola Brandão.
Este poeta é um grande observador e grande roteirista. Parabéns pelo maravilhoso blog. Estais de parabéns, mesmo! Continue assim, pois não tem preço vir aqui te ler. Até mais!
ResponderExcluirAbraços.
Elias Nestor Valverde,
Viçosa - MG.
Oi João, você sempre nos surpreendendo com suas escritas... que Poema, viu? Parabéns João... sempre, sempre e sempre!!! Você é nota mil!!!
ResponderExcluirÁh! Eu nem vou te pedir para ir no Palavras que Abraçam... parece que você não quer ir mais... rsrs. Te gosto muito meu amigo!!! Beijos
Como é difícil essa vida de vender amor:
ResponderExcluir"Puta vida!
A carne é fraca na vida endurecida
Carne fraca
Dura vida
Póstuma a cada manhã
É um barco à deriva
A vida
Carne fraca
Carne ferida
A vida é uma cobra viva
Faminta a vida
É um corpo pedregoso
Na carne fraca
De vertigens
É longa a vida
Para quem a vive
Sentindo a carne fraca
E as feridas
Puta vida
Dura vida
Para quem a usa
Todo o dia
A vida é uma medida
Desmedida
Puta vida
Dura vida
A carne é o que retumba a sua desídia
Fraca a carne
Dura a vida
Puta vida..."
Abraços,
Cleuber Augusto César Mendes,
São Paulo-SP.